Para que os pensamentos não se percam no éter, e o fumo do pensamento não ande por aí espalhado.

30 dezembro 2011

Centro de Emprego

Sempre me foi dito que era preciso chegar muito cedo ao Centro de Emprego para poder ser atendido em tempo útil. Como hoje foi o último dia útil de 2011, e para aproveitar ainda a lei do subsídio de desemprego deste ano, resolvi não arriscar e fui até ao Centro de Emprego de Leiria logo pela manhã.

Eram cerca de 8h20 e estavam –2º na rua quando cheguei. Já lá estavam 13 pessoas, em que a primeira da fila chegou às 7h15 (minha nossa!). E apesar do frio, o pessoal vai conversando uns com os outros, contando as suas aventuras, como se nos conhecêssemos há imenso tempo.

Já quase sem a ponta do nariz e com os dedos enregelados, mesmo com luvas, quando a porta se abriu às 9h00 foi vê-los a entrar para a sala um pouco mais quente, retirando a respetiva senha,  à espera da sua vez.

Demorei cerca de 20 minutos a ser chamada a minha senha, no balcão da inscrição, o que nem foi mau. A maior espera foi depois para a entrevista, que só aconteceu uma hora depois e durou cerca de 20 minutos.

E durante a entrevista, em que a senhora me explicava os procedimentos que eu tinha de fazer se quisesse fazer isto ou aquilo, eu só perguntava se os podia fazer pela net. Cheguei à conclusão que algumas coisas até dão para fazer. No entanto, a visita quinzenal ao local de apresentação, que mais parece que estamos com termo de identidade e residência, tem mesmo de ser feita presencialmente na zona da residência.

Por volta das 11 horas estava de saída com uma pasta com uns quantos formulários e as dúvidas esclarecidas. A última (e primeira) vez que isto me tinha acontecido foi em 2003, e as regras eram bastante diferentes. Muito provavelmente terei que me apresentar na Câmara da Batalha uma ou duas vezes, mas não espero que sejam precisas mais. Afinal, os telefonemas com propostas de entrevistas até têm acontecido com bastante regularidade.

29 dezembro 2011

RIP Zapp

Terminou oficialmente hoje a minha ligação de 7 anos e 9 meses com a Zapp. Entrei oficialmente em 1 de Abril de 2004, numa altura de vacas gordas, que foram emagrecendo ao longo dos anos, até que em Novembro passado foi anunciado o fim definitivo da empresa. Com este final, houve lugar a despedimento coletivo, mas nada de choradeiras, já que o coma se prolongava há muito tempo.

Com isto começa a primeira grande mudança anunciada para o ano de 2012, que eu já tinha referido. Mudança profissional. Irei ser empregado da Segurança Social durante algum tempo, o suficiente para encontrar um novo rumo profissional, mas sem grandes pressas, já que umas férias também me irão saber bem. Só tenho de cumprir os requisitos de apresentação quinzenal e de procura ativa de emprego.

E como às vezes só precisamos de um empurrão para que a nossa vida sofra uma mudança para melhor (as mudanças não têm que ser forçosamente coisas más), este será definitivamente aquele que eu preciso e na altura mais propícia. Venha o próximo ano!

Ai, coração!

Pela primeira vez em 34 anos de vida, fui fazer exames ao coração. Não que ache que precise especialmente deles, apesar do meu ritmo cardíaco normal ser por volta das 40 pulsações por minuto, mas simplesmente porque é boa ideia e mal não faz.

Assim, usando o seguro de saúde e num hospital privado próximo de casa, fui fazer um ecocardiograma com doppler e um ECG com prova de esforço.

Adorei o ecocardiograma! Aquela maquinaria computorizada é maravilhosa e consegue mesmo ver o que se passa lá dentro. Dava para ver o coração a mexer e as válvulas a abrir e fechar. Até cores apresentava com o fluxo do sangue a percorrer os ventrículos e as aurículas. E quando foi altura de ouvir o coração, o som era parecido com o Kitt (lembram-se do justiceiro?) a varrer as luzes frontais de um lado para o outro. Que maravilha. No final de contas, parece que tenho apenas a Aurícula Esquerda com um diâmetro superior ao normal, mas parece que isso também é normal em quem pratica desporto.

Já a prova de esforço foi como ir ao ginásio andar na passadeira. E cansa como ir ao ginásio. E faz suar como ir ao ginásio. E pelos vistos faz bater o coração como se estivesse no ginásio. A diferença é que estamos em tronco nu, com umas coisas pegajosas coladas no peito e nas costas, e com os tempos cronometrados. Como se fosse um personal trainer. E até tive direito a uma depilação parcial do peito pela médica jeitosa que me fez o teste.

No fim, retirar os eléctrodos é a única parte que custa, já que parece que estamos a retirar pensos com muita cola do corpo, com toda a pelugem a ser arrancada ao mesmo tempo.

Espero agora uns dias pelos resultados dos exames, mas à primeira vista e de acordo com a opinião do Dr. Duarte Cacela, parece estar tudo bem.

24 dezembro 2011

Natal

Gosto muito do Natal. É uma época em que sinto que ando mais lamechas. Gosto das luzes a piscar, do frio que se faz sentir e de passar os dias junto com a família, ao lado da lareira da sala. E claro, que gosto de acordar no dia seguinte e desembrulhar os presentes, sejam eles quais forem.

Mas essencialmente gosto do convívio que tenho e a proximidade com os meus irmãos e os meus pais. Parece que nesta época os problemas desaparecem e apenas nos lembramos o quanto somos importantes uns para os outros. O jantar em família, o preparar da refeição, e até as limpezas, são mais do que tarefas rotineiras, e transformam-se em convívio familiar. Um saudável convívio que se repete nesta altura do ano.

E porque é Natal, que seja mesmo um excelente Natal para todos, onde o verdadeiro espírito natalício tome conta das nossas almas, para assim o tornar mais alegre e feliz.

P.S.-Este vai ser o meu último Natal nestas condições. Esperam-me grandes mudanças durante o próximo ano, que a seu tempo falarei delas. Para já, não há razões para preocupar, porque todas as mudanças podem ser boas.

04 dezembro 2011

Tesourinhos

Na sequência das limpezas relatadas no post anterior, algumas raridades foram encontradas e mantidas. Podem não servir para grande coisa, mas um dia até as posso doar a um museu para exposição.

ZIP Drive

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Uma verdadeira relíquia dos tempos da faculdade. Na altura custou 30 contos (para os que não se lembram como se fazem as contas, são 150€) e foi uma necessidade para guardar os trabalhos da faculdade. Como os CDs eram apenas suportes de leitura, estas drives eram a opção existente. Os discos eram magnéticos, semelhantes a disquetes, mas com uma estonteante capacidade de 120 MB (sim, são mesmo Megabytes). A drive na figura liga-se por porta USB e ainda funciona, tal como os discos.

Discos ZIP

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O aspecto dos discos ZIP era semelhante a uma disquete. Vejam na imagem seguinte as semelhanças. O seu funcionamento também era semelhante, mas com muito maior capacidade. Na altura da faculdade, as pens usb e os discos externos eram raros e caríssimos, pelo que a ZIP era sempre a melhor opção para transportar os dados. Tinham ainda a vantagem de ser blindadas contra interferências magnéticas, ao contrário das disquetes, que corriam o risco de perder todos os dados quando se transportavam no metropolitano.

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Windows 3.0

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No meio das centenas de disquetes, aparecem também algumas raridades. Entre as quais os discos de instalação de um dos Windows mais famosos de sempre, o 3.0. Para a juventude que acha que o Windows sempre foi um sistema operativo, desenganem-se. Naquela altura, o Windows era apenas um programa de ambiente gráfico apelativo, com ferramentas muito interessantes, que corria sobre outro sistema operativo chamado MS-DOS (ou equivalente). E para o instalar eram necessárias 5 disquetes (cada disquete levava no máximo 1,44 MB).

No meio das disquetes outras raridades apareceram, como o Excel 4.0 e o Word 4.0, cada um deles em meia-dúzia de disquetes, que se instalavam sobre o Windows 3.0. Para não falar dos jogos de MS-DOS que eram altamente viciantes na altura, que cabiam numa disquete e ainda sobrava espaço.

Bug do ano 2000

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Quem não se lembra do advento apocalíptico para a informática que seria o ano 2000? As empresas gastaram fortunas a precaver-se contra um cataclisma que nunca aconteceu, devido à mudança da data de 99 para 00. Em 1999, a Microsoft lançou software gratuito para atualizar os seus pacotes de software principais (já estamos na época do  Windows 98/Me/NT/2000). Bastava ir ao site da Microsoft e preencher um formulário, que a própria enviava um CD todo bonito com o essencial para resolver o “problema” do ano 2000.

No meio de tanta tralha que se acumula ao longo do tempo, há sempre lugar a nostalgia com estes tesourinhos. Alguns estão agora guardados noutro local, para serem desenterrados daqui mais uns anos.

26 novembro 2011

Limpar prateleiras

Há arrumações que são feitas muito de vez em quando, quando achamos que começamos a precisar de espaço num determinado armário, ou quando descobrimos algo tão antigo no fundo da gaveta que pensamos que está na hora de dar uma volta à coisa.

Foi o que aconteceu quando me pus a procurar um CD já antigo no armário do escritório, e me deparei com cerca de duas prateleiras cheias de antiguidades. Nessas antiguidades estavam muitos CDs, mas essencialmente, centenas de disquetes. Algumas, pela etiqueta, ainda vinham do tempo da escola secundária. Como nestes tempos modernos é difícil encontrar um computador com leitor de disquetes, a solução foi deitar tudo fora.

Após um dia inteiro de seleção do que era utilizável e o que não era, foram para o lixo 4 sacos de lixo cheios de disquetes e CDs. Arrisco-me a dizer que devem ter ido cerca de 20 Kg deste material. Mas como sou amigo do ambiente, tudo o que era plástico foi selecionado para o ecoponto amarelo.

No final do dia, ficaram duas prateleiras livres no armário, que podem ser usadas para acumular novo lixo, para novas limpezas daqui a uma década.

24 novembro 2011

E o direito a ir trabalhar?

Hoje foi dia de Greve Geral. A terceira desde o 25 de Abril que uniu as duas grandes centrais sindicais do país. Curiosamente, ambas ligadas a partidos políticos. A CGTP, mais radical e sempre contra toda e qualquer política, boa ou má, tem um líder militante do PCP. A UGT, mais moderada, é liderada por um militante do PS. Estes líderes nunca fizeram mais nada na vida que ser sindicalistas. E quem os sustenta?

Tal como há o direito à greve previsto na Constituição, também há o direito ao trabalho, e essencialmente o direito a ir trabalhar em dia de greve. E por isso, acho completamente vergonhoso os piquetes de greve impedirem os trabalhadores das suas empresas de exercer o seu trabalho. Por inerência, quem não faz parte das empresas ou entidades (quase todas também lideradas por militantes de esquerda) que fazem greve, apanham na mesma moeda, e indiretamente são impedidos de ir trabalhar. Sem transportes, as pessoas não se conseguem deslocar para o local de trabalho, ainda mais nesta altura de “crise” em que já é difícil pagar o passe, quanto mais o táxi ou o combustível do carro.

Ao contrário dos manifestantes afectos aos partidos de esquerda, que são pagos para estar na greve, ou transportados gratuitamente para os locais de manifestação pelas câmaras municipais do Bloco de Esquerda ou do PCP, as pessoas que indiretamente não puderam exercer o seu direito e dever de trabalhar não são remuneradas pela falta. E isso ainda lhes vai custar mais no final do mês.

Não sou contra as greves. Acho que se deve exercer esse direito quando há razão para isso. Mas em todas as que já assisti desta dimensão não consigo descortinar qual a razão. Os sindicatos e as uniões sindicais devem existir para informar os trabalhadores dos seus direitos, mas esquecem-se de os informar dos seus deveres (tirando talvez o pagamento da quota mensal). Os deveres não podem ser só faltar ao trabalho quando se quer, e ser remunerado por isso.

Quem falta ao trabalho para fazer greve são quase sempre os mesmos. Quem bate com o couro todos os dias continua a fazê-lo para suprimir as faltas e a constante inércia dos habituais grevistas. Que para esses, é mais fácil ir para a Assembleia da República causar distúrbios com o grelhador das febras e o garrafão de vinho às costas, do que estar no trabalho a produzir valor. Coisa que habitualmente já não fazem.

19 novembro 2011

Cultura Geral e Religião

No seguimento do post anterior, e se viram o vídeo da reportagem, verificam que as desculpas dos energúmenos dos estudantes são quase sempre baseadas no mesmo: Política não é comigo, Literatura não é comigo, Cultura Geral (?) não é comigo, e a que mais me impressionou, religião não é comigo.

E esta deixa da religião impressionou-me porque a pergunta era sobre o autor do livro “O Evangelho Segundo Jesus Cristo”. E bastou para que ouvissem Jesus Cristo para automaticamente associarem a religião. A pergunta até era de Literatura, eventualmente enquadrada em Cultura Portuguesa, mas associaram à religião.

Não sei se os jovens de hoje querem parecer modernos e como tal rejeitam à partida algo que lhes lembre religião, seja ela qual for. Mas para não gostarem é porque já tiveram alguma experiência religiosa. Porque isto dizer que não sou religioso não pode ser apenas uma ideia de esque"rda vanguardista e inútil, só para ser “diferente, cool, fixe, e dá cá um charro que a gente quer é peace and love, e a Igreja é a raiz de todos os males”.

Gostava de ouvir as explicações destes jovens sobre o porquê de não serem religiosos. Aposto que são todas elas explicações sem sentido. No entanto, mesmo o facto de não o serem, não invalida que conheçam alguns momentos da vida de Jesus Cristo, porque isso até faz parte da Cultura Geral (que também não é com estes jovens).

17 novembro 2011

O resultado do facilitismo

Que a Casa dos Segredos é um programa de entretenimento já todos sabemos. Que os concorrentes não precisam de ser muito inteligentes também, desde que cumpram os objectivos do programa. Objectivos esses que não passam por resolver equações diferenciais nem descobrir a cura para o cancro. Passam sim por entreter, com aquilo que o público gosta. E o que mais gosta são bacoradas, futilidades e claro, sexo.

Mas o que me deixa mais surpreso é o facto de os jovens de hoje terem uma cultura geral/inteligência ao nível dos concorrentes da casa dos Segredos, como o mostrou a reportagem da revista Sábado, que podem ver no link abaixo.

Reportagem Sábado

É verdade que para a reportagem só escolheram os que realmente eram “interessantes”. Confio que estes não são a maior parte, aliás, quero confiar. Porque afinal de contas são estes os adultos de amanhã e fico arrepiado de pensar que no meu futuro terei jovens incultos e habituados ao facilitismo a governar os destinos do país.

São imaginativos nas respostas que dão, ou até nas desculpas. É o resultado do facilitismo que tem assolado a educação do país, em que todos tiram o 12º ano sem terem que se esforçar minimamente. Digam os meus amigos professores se é fácil chumbar alguém de ano. Claro que depois chegam à idade adulta e transformam-se no que a reportagem mostra. Devem ser especialistas em Morangos com Açúcar, conhecer 200 shots diferentes, e em pedir dinheiro aos papás para as noitadas. Medo…

02 novembro 2011

Indignados

Estou confuso com os indignados. Não percebo muito bem o que eles pretendem. Nas notícias é vê-los a ocupar Wall Street, sedes de bancos, ou ruas onde se localizam grandes empresas. Até em Portugal resolvem tentar acampar em frente à Assembleia da República.

A sensação que me dá é que na sua maioria são jovens que não têm trabalho nem se esforçam para o ter, e por isso têm tempo para manifestações desta índole. Tiraram cursos superiores que dão automaticamente direito a desemprego, do género “estudos para a paz”, por isso se têm que estar indignados é com eles mesmo por terem escolhido essa formação. Queixam-se da precariedade, mas fumam os charros e bebem as bejecas que não devem ser de borla. E passam a manifestação a descansar enquanto nós, os verdadeiros indignados com toda esta corja, nos matamos a trabalhar para ao fim do mês ainda termos dinheiro para comer.

30 outubro 2011

Piódão, essa aldeia de xisto

Bem no centro de Portugal está aquela que é considerada por muitos como a aldeia mais típica de Portugal. Pelo seu ambiente acolhedor, pelas suas casas rústicas em pedra de xisto escura, pela envolvência na serra do Açor, ou por qualquer outra razão. O facto é que quem lá vai não fica indiferente, nem sequer às curvas que tem de fazer para lá chegar. Os ares da serra rodeiam-nos, e os aromas da terra também, juntamente com as comidas tradicionais, e tradicionalmente preparadas. As pessoas são simpáticas, se bem que um pouco melgas quando se trata de vender aos turistas, que enchem a praça principal durante todo o fim de semana. É ver os autocarros a chegar e a partir constantemente.

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No Outono, os castanheiros enchem-se de castanhas e enfeitam a estrada com as suas cores amareladas. E havendo tempo para isso, nada como parar o carro na berma e encher um saco de castanhas acabadinhas de apanhar. Confesso que nunca o tinha feito, mas aprendi a técnica de abrir ouriços bastante rápido. E no final do dia, partilhar as castanhas assadas com a família, acompanhados pelo calor da lareira.

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27 outubro 2011

O Outono…

…chegou tarde, mas veio com toda a pujança. Não só pela abrupta descida de temperatura de um dia para o outro, mas porque nos brindou com uma chuva que Deus a dava durante este dia. Não obstante o tempo horrível, causador dos habituais problemas de trânsito, o Outono já causou inundações, destruições, desabamentos e outras desgraças que são comparadas apenas à crise Europeia que se discute por estes dias.

Parece que o tempo se adapta perfeitamente às nuvens negras da economia.

08 outubro 2011

Outubro, esse mês de Verão

E parece que o Verão, ao contrário daquilo que sempre nos explicaram na escola, começou no dia 23 de Setembro, no equinócio de Verão. Pelo menos é o que parece, pois desde essa altura que as temperaturas andam agradáveis, e o sol não se cansa de nos iluminar.

É um facto que as coisas andam um pouco ao contrário. Se em Agosto fomos brindados com chuva e frio, onde não se viram os corpos desnudados em biquínis nas praias, em Outubro, quando a roupa mais fresca já devia estar arrumada no canto do armário e devíamos ter tirado o mofo à roupa de manga comprida, o Verão resolve aparecer.

E parece que é coisa simples, mas já tenho ouvido pessoas a dizer que já estão fartos de sol, que o frio tem de chegar, já que está na hora de ir às lojas ver a roupa de Inverno, o que com este tempo não dá vontade nenhuma. Mas estas pessoas nunca estão satisfeitas com o que têm?

Se está sol, querem frio, se está chuva, estão fartos, se está frio, querem calor, se está calor, não se aguenta. Enfim, não sabem aproveitar o que a Natureza lhes dá. E depois admiram-se de andarem sempre rezingonas e tristes…

06 outubro 2011

O adeus ao Génio

Por mais genialidade, brilhantismo e dinheiro, da morte ninguém escapa. Steve Jobs sabia isto e estava preparado para isto desde os tempos de luta contra o cancro do pâncreas. ele próprio afirmava que a morte era a melhor invenção da vida, num discurso famoso e inspirador em Stanford.

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E assim partiu mais um génio, que gostando-se ou não da sua personalidade (há quem diga que era de trato muito difícil), foi um dos responsáveis pela tecnologia de consumo ser o que é hoje. Da sua mente criaram-se as raízes dos computadores pessoais, dos smartphones actuais e dos tablets.

O tratamento que foi dado à morte de Steve Jobs foi como de um grande artista e personalidade se tratasse. Os milhares de fãs de produtos da Apple fizeram romarias aos altares (lojas) com velas e cartões para prestar homenagem. Afinal, ele era o mentor de praticamente uma religião, chamada Apple, que baseada em princípios capitalistas e nada espirituais, conseguiu angariar milhares e milhares de seguidores. Não me lembro de mais nenhum dono de grande empresa americana levar o mesmo tratamento. Só comparável à morte de um presidente ou até do Papa.

Pessoalmente admito que não gosto da filosofia da Apple e que não pretendo, sem afirmar que nunca o farei porque isso nunca se sabe, adquirir nenhum produto deles. Não concordo com a filosofia de ecossistema fechado que todos os seus produtos têm. Sei que isso tem vantagens mas também tem desvantagens, e estou no meu direito de não querer.

Muitas biografias foram feitas sobre Jobs, as suas constantes guerras com o seu amigo Bill Gates muito faladas (os melhores rivais podem ser os melhores amigos, como o próprio Gates afirmou). Mas a que mais me fascinou, foi o filme Pirates of Silicon Valley, um filme dos anos noventa sobre os primórdios das duas gigantes da tecnologia. Como todos os filmes, tem alguma verdade, e muito de Hollywood, mas é um filme interessante de ver, com alguns atores conhecidos. Noah Wyle faz um papel muito bom de Steve Jobs.

28 setembro 2011

Férias de Verão

Isto de ir de férias em final de Setembro tem destas coisas. Depois de um Agosto digno de uma qualquer zona tropical húmida, o Setembro mostrou-se calorento e apetitoso. É caso para dizer que acertei na altura das férias.

E foi com um calor abrasador de 30º que me fiz à Costa Vicentina e Alentejana, onde parando de praia em praia me ia refrescando no mar e refastelando na areia. Outra das vantagens de ser Setembro, é que a confusão típica de Agosto já não existe. O carro estaciona-se no local mais próximo junto do acesso à praia. Não temos que andar a pisar as toalhas dos outros banhistas, nem eles a nossa. Não nos arriscamos a levar com um gordo em cima que mergulha mesmo ao nosso lado nas ondas. E o risco de levar com uma bola na cabeça é também diminuto. Só vantagens (ou quase).

E porque também há desvantagens, digamos que as praias são mais curtas e o mar um pouco mais bravo. As localidades à noite são uma total pasmaceira, o que é bom para andar à vontade e fazer férias de descanso. E os dias são realmente mais curtos.

No entanto, e como as vantagens superam largamente as desvantagens, nem que seja para meter nojo a quem tirou férias em Agosto de guarda-chuva, aqui ficam algumas fotos das belas praias por onde passei.

Sagres

Arrifana

Zambujeira do Mar

Porto CôvoIlha do Pessegueiro

Comporta

Ferry para Setúbal

P.S. – Pare verem a descrição, passem com o rato por cima das fotos.

13 setembro 2011

O meu carro foi ao médico

Mais precisamente ao podologista e ao oftalmologista. Na anatomia do automóvel, foi desempenar as jantes e polir os faróis dianteiros, As jantes já estavam quase quadradas. Os faróis, de transparentes passaram a amarelos ao longo dos 11 anos e quase 300.000 km de uso. Já não se fazem faróis em vidro dos que duravam para toda a vida. Resolvem fazê-los em plástico, e depois têm que ser polidos para passar na inspeção automóvel.

Pelo caminho, levou ainda um farolim de nevoeiro, que por um qualquer azar não detectado se tinha estilhaçado, suponho eu à custa de uma pedra. Levou um de marca alternativa, que o de marca original custava 3 vezes mais, e com esta idade qualquer coisa serve.

E com esta brincadeira toda ainda me cobraram uma luz para o dito farolim, que foi mais cara que duas lâmpadas para os médios compradas no fim de semana anterior. ”Ah, mas são de marca!”. E a minha carteira nesta altura não quer saber disso para nada. Lá consegui com que me descontassem uns trocos na factura total. Que esta medicina também custa dinheiro e não é pouco.

12 setembro 2011

World Trade Center

Este fim de semana foi pródigo em documentários e filmes baseados na tragédia que mudou o mundo. Sim, é verdade que há muitas tragédias de muito maior dimensão e que afectam mais vidas, mas o que é certo é que nenhuma teve tanto impacto como esta.

Talvez por ser no país mais poderoso do mundo, atacado bem no seu coração. Talvez por todo o mediatismo. Talvez por ser uma cultura muito mais próxima da nossa.

Como não podia deixar de ser logo se levantaram as teorias da conspiração mais macambúzias sobre o assunto. Desde a dobragem da nota de dólar que indica o dia 9/11, às mais absurdas de planeamento e encobrimento governamental. E depois de ver os documentários sobre o assunto e os testemunhos na primeira pessoa de quem lá esteve, considero uma enorme falta de respeito pelas vidas que se perderam nessa tragédia. Deixem-se de teorias da treta e vão fazer algo de útil para a sociedade.

E na celebração dos 10 anos do acontecimento, foi inaugurado um memorial que eu pretendo visitar, mesmo pagando bilhete, quando for a Nova Iorque um dia destes.

11 setembro 2011

10 anos depois

Estava eu em Tel-Aviv, Israel, eterno aliado dos EUA, numa formação da empresa onde trabalhava, quando de repente entra alguém na sala, num misto de exalto e de admiração: “O World Trade Center está a ser atacado!”

Ninguém mais trabalhou naquele dia. E enquanto eu voltava para o hotel, via os helicópteros militares a passarem de norte para sul, na direção de gaza, as ruas praticamente vazias, e um ambiente que não é normal para aquela cidade. Tipicamente as pessoas estão descontraídas e na sua vida normal, o que não era o caso.

O aeroporto foi fechado, e o meu colega ficou aflito porque tinha de regressar no dia seguinte a Lisboa. Acabou por ter sorte que no dia seguinte o tráfego foi reaberto, com alguns condicionantes.

Quando me ligaram de Portugal a perguntar se eu sabia o que estava a acontecer, já eu estava na piscina do hotel, relaxado, e claro que estava a acompanhar as notícias. Naquela altura ainda estava tudo muito incerto sobre o que aconteceu e as consequências.

Quando regressei a Lisboa, após a paranoia da segurança de voo aumentada, mandei uma gargalhada interior com a confusão que se gerava na revista das malas e afins. Algo que quem viajava regularmente para Israel, como eu naquela altura, achava uma brincadeira de crianças comparando com a revista e inquérito que faziam em Tel-Aviv.

10 anos depois, as memórias regressam do dia que mudou o mundo. Não sei se o mundo ficou melhor ou pior, mas diferente ficou com certeza.

06 setembro 2011

De novo…

Para os que ainda não encontraram a notícia, espalhada pela Internet nos vários meios de comunicação social, aqui fica o link.

Devo dizer que, mais uma vez, e à semelhança do que aconteceu em 2009, também falado na comunicação social, não fui afectado. Ou seja, o meu nome não consta da lista. Isso revela em mim um misto de alegria e de frustração, já que há sempre vantagens e desvantagens. Mas seja como for a vida continua, fosse para que lado fosse.

Assim, queria só agradecer aos meus amigos que se preocuparam e me perguntaram quando souberam da notícia. Obrigado. Vocês fazem parte de mim.

E aos que me telefonaram assim que souberam a notícia a tentar contratar os meus préstimos, o meu obrigado na mesma. Apesar de não aceitar qualquer proposta, já que ainda me posso dar ao luxo de ser seletivo, o meu ego fica lá em cima. Daqui a uns meses quem sabe se não falaremos de novo.

30 agosto 2011

X-men: a origem

De todas as adaptações dos heróis da Marvel que vi, sempre achei que os X-Men foram as melhores, superando os também interessantes filmes do Homem-Aranha. Os filmes de outros heróis, até ao momento, têm sido pouco mais que fracos.

Todos os filmes da série X-Men são bons, cheios de ação, e com uma adaptação da história bastante livre que os torna ainda mais interessantes. Não há problemas para os argumentistas em matar várias personagens principais ao longo dos filmes. O culminar da batalha entre os bons e os maus em X-Men 3: O confronto final é de arrepiar.

Depois estendeu-se o conceito para as origens, com o filme Wolverine, que conta a história da mais famosa personagem de X-Men. Apesar da história interessante, a qualidade desceu em relação à trilogia anterior (ou posterior, se considerarmos a ação temporal).

De novo nas origens e ainda mais atrás no tempo, o filme X-Men: First Class surgiu numa nova perspectiva. Nele ficamos a conhecer a origem dos principais cérebros da história, o Professor X, e Magneto, grandes amigos e grandes rivais. O filme tem menos ação e foca-se muito no enredo, em que as emoções, os sentimentos, os medos, as amarguras e as alegrias são notoriamente salientadas, próprias de jovens e adolescentes que são diferentes e ao mesmo tempo especiais.

Os sonhos de Xavier e a raiva de Erik contrastam desde o início, o que não os impede de formar uma grande amizade, e ao mesmo tempo dar a perceber que a sua forma de ver o mundo, onde ambos querem ser inseridos, os levará a uma grande rivalidade ao longo do universo X-Men.

Um filme altamente recomendável para todos os seguidores da saga, e para todos os que não o são mas que gostam de filmes com boas histórias.

12 agosto 2011

Zdravo, Slovenija

Nas minhas últimas férias, e aproveitando a proximidade e a curiosidade, dei um salto à Eslovénia durante cerca de 3 dias. E devo dizer que fiquei maravilhado com tão agradável surpresa.

O país não é muito grande, e a partir da capital, Ljubljana, chega-se a qualquer ponto do país rapidamente. Possui cerca de 40 km de costa no Adriático, em que as cidades como Piran, outrora italiana, ainda apresentam os traços venezianos dessa cultura latina. Pena é o mar ser tão bravo por aquelas bandas, o que providencia boas ondas para os desportos de água como o windsurf.

Piran

Uma das atrações mais conhecidas da Eslovénia são as grutas gigantes de Postojnska, as segundas maiores da Europa. No seu interior anda-se de comboio, e a imponência das suas salas de várias cores, desde o branco brilhante até ao vermelho escarlate, lembram-nos que a natureza é de facto um escultor fabuloso. A zona envolvente às grutas é um parque de aventura, muito bem arranjado para o turismo. Nas grutas ainda é possível ver-se, com um pouco de sorte, o peixe-homem, que apesar de horrível é o atrativo para o merchandising.

Postojnska JamaZona envolvente de Postojnska

Bem próximo ainda se pode visitar a gruta de Predjamska, com o seu castelo construído dentro da rocha sólida.

Predjamska

A capital Ljubljana é um local muito bem arranjado, cheio de espaços verdes e uma zona ribeirinha muito fresca e agradável. A cidade, como o resto do país, está muito bem preparado para as bicicletas. Aliás, todo o país exporta as suas ciclovias turísticas, como estandarte das atividades que se podem fazer na Eslovénia. E zonas naturais não lhe faltam, rodeadas de muita beleza ainda selvagem. O símbolo da cidade é um dragão verde, e o nome quer dizer algo parecido com “cidade do amor”.

Ljubljana - CasteloLjubljana - vista do Castelo

Ljubljana - zona ribeirinha

Seguindo para noroeste, para os lados das montanhas, outra das atrações famosas, o lago Bled. De um azul carregado, possui uma ilha com um castelo. A paisagem envolvente é toda ela verde, o que torna a vista algo de ainda mais impressionante. Com o calor que se faz sentir, apetece mergulhar na água azul e aparentemente limpa.

Lago Bled

Lago Bled - a ilha

Do outro lado dos Alpes Julianos, que custam bastante a atravessar apesar de toda a floresta verdejante cheia de flora muito variada, encontra-se Tolmin, conhecida pelas gargantas esculpidas pelo rio com o mesmo nome. O passeio faz-se a pé pelos caminhos de terra, alguns mais complicados que outros, mas a paisagem é magnífica. Nela pode ver-se a ponte do diabo, a caverna de Dante, a fonte de água termal, as inúmeras cascatas, e até atravessar as pontes de corda e madeira.

Garganta do Tolmin

A Eslovénia foi inquestionavelmente uma agradável surpresa, por toda a beleza natural e infraestruturas que possui. É um país que merece ser visitado com mais atenção, e quem sabe um dia voltarei para o fazer, e até usufruir das aventuras que proporciona aos turistas.

Símbolo de Ljubljana

02 agosto 2011

Super Jamie

Há concertos que são assim. Uma maravilhosa surpresa. Foi o que aconteceu este ano com Jamie Cullum no Cascais Cool Jazz Fest.

Eu já conhecia Jamie Cullum, as músicas são agradáveis, com tons de jazz, tendencialmente calmas, e tem umas covers interessantíssimas nos seus álbuns. Mas nunca o tinha visto ao vivo. Como tal, esperava um bom concerto, mas com um ritmo que se assemelhasse mais a um concerto típico de jazz. Puro engano, e para melhor.

A noite começou com Luísa Sobral, finalista dos Ídolos de há uns anos atrás, que depois de um curso de música em Boston sobressaiu no panorama musical. Músicas muito agradáveis, um espetáculo engraçado, com melodias que variam entre o jazz e o fado. Houve até uma cover fantástica de Valerie de Amy Winehouse, detestada por alguns puristas que por lá circulavam entre o público.

Depois, veio o Super Jamie. Começando de fato e gravata, que cedo despiu até à t-shirt colorida, logo conquistou o público com os seus magníficos dotes de pianista, a mostrar no improviso e na energia em palco porque razão é um excelente performer e um não menos talentoso músico. O piano é praticamente a extensão das suas mãos, e as músicas, tocadas com muito mais energia e arranjos que nos álbuns originais, levaram um público que começou sentado a levantar-se e a dançar. Houve homenagem a Amy Winehouse, com Love is a losing game, passando por High and  Dry dos Radiohead, e terminando em beleza com a melodiosa Gran Torino, composta para o filme de Clint Eastwood.

Foi um espetáculo surpreendente de Jamie Cullum, que me proporcionou um dos melhores concertos de sempre a que já assisti.

25 julho 2011

Jornalismo

Num jornal de referência nacional, no passado domingo, sai uma reportagem sobre o comboio histórico da linha do Douro. Acompanhado de algumas fotos, nele se fala de Ana e Samuel, casal que aparece já com o comboio em andamento, ele do Porto, ela de Lisboa, e que aos fins de semana se encontram para namorar. E desta vez, calhou ser no comboio histórico, e com esta entrevista.

Pois, bem, devo dizer que o Samuel não existe, chama-se Gonçalo, não é do Porto, é de Lisboa, a Ana não é de Lisboa, é do Porto, e não apanharam o comboio histórico, apenas o apreciaram enquanto este parou na estação do Pinhão para abastecer de água e olear as engrenagens.

O jornalista estava a usar uma caneta que escrevia mal, e talvez por isso tenha feito grande parte da reportagem de memória. Para a próxima, o senhor jornalista use um lápis, que nunca falham na escrita.

19 julho 2011

Marés Vivas 2011

Parece que este ano ando numa maré de festivais de Verão. E desta vez fui até Gaia ao Marés Vivas. Boa organização, à medida das capacidades do recinto, um preço acessível e bandas de renome.

Com exceção do Verão que se esqueceu mesmo de aparecer, já que durante todo o espetáculo caiu a chuva molha-tolos, o resto estava tudo lá. Até as barraquinhas do Licor Beirão onde davam uns úteis chapéus de palha que abrigavam dentro do possível da chuva.

Mas vamos à música. Quando cheguei, estava Áurea a começar o concerto. Descalça (manias de artista), mas com a banda muito bem vestida, ao estilo de um casino lounge, de fato e gravata, e palco enfeitado com candeeiros. As meninas da banda de vestido de gala, e Áurea a puxar pela sua encantadora voz.

Os veteranos Tindersticks foram os seguintes, em que aproveitei a melancolia das suas músicas para usufruir do recinto e das barracas de comes e bebes e de diversão. A música dos Tindersticks ficou apenas para dar ambiente.

O regresso mais esperado da noite foi por uma das bandas da minha juventude. Os irlandeses Cranberries voltaram a juntar-se, com um álbum novo na calha, e os anos não passaram pela Dolores O´Riordan. A voz dela está igual à 20 anos atrás (sim, 20 anos), e a sua silhueta muito parecida. As músicas já são clássicos e as melodias harmoniosas de linger, dreams, just my imagination e outras, juntamente com a simpatia de Dolores conquistaram o público saudosista e não só. Cá esperamos o lançamento do álbum.

O espetáculo encerrou com o entertainer Mika. Já o público estava frio e molhado e nada melhor que um Relax a abrir um concerto cheio de movimento, luz e cor, onde Mika saltava de um lado para o outro. O palco, enfeitado qual salão de baile de Versailles, com a banda a condizer, e até teve direito a encenação da decapitação de Maria Antonieta. Goste-se ou não do estilo falsete do rapaz, o que é certo é que o espetáculo vale realmente a pena. As músicas são animadas e num toque mais rápido que no CD, o que animam público a precisar de calor.

Para o ano espero que o Marés Vivas continue a ter a mesma qualidade. Só espero não ter que ouvir o jingle da Comercial tantas vezes seguidas. É que por mais engraçada que esteja a letra, não há paciência para tantas repetições…

11 julho 2011

Voar baixinho

A forma mais antiga de voar, sem contar com a lenda de Ícarus, é de balão de ar quente. Foi precisamente esta forma que experimentei recentemente, e devo dizer que é excepcional.

O balão voa mesmo, não está preso por uma corda ao chão como se costuma ver nalgumas feiras. Mas para usufruir da experiência é necessário levantar bem cedo, para aproveitar o nascer do sol. Não que a paisagem seja melhor nesta altura, mas porque as correntes de ar são mais favoráveis. Afinal, o balão vai sempre para onde o vento o levar.

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Foi em pleno Ribatejo, nas imediações de Coruche que a aventura teve lugar. O enchimento do balão e a preparação demora algum tempo, mas lá arrancámos num cesto de 24 pessoas, puxado por um balão de 21.000 metros cúbicos de ar. O voo demora cerca de 1h30, e do alto dos 2300 pés (cerca de 800 metros) consegue-se ver a paisagem ribatejana, os açudes, as plantações, as cidades e vilas, unidas por estradas praticamente sem curvas.

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Na aterragem, num terreno não lavrado a cerca de 40 Km do ponto de origem, e após o impacto, o choque de ficar cheio de cardos presos à roupa, cada um mais afiado que o outro. E antes de ser transportado para o ponto inicial, arrumar os 350 Kg de poliester e os 400 kg de cesto e respectivos apetrechos, algo que os tripulantes ajudam em espírito de convívio e clima de satisfação pela viagem realizada.

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07 julho 2011

I’m feeling Alive!

Pela primeira vez desde a sua existência, fui ao Optimus Alive. Não gosto muito de festivais de Verão, uma vez que é sempre demasiada gente para se ir ao bar ou à casa de banho, e tipicamente o espetáculo das bandas é limitado em tempo. É bom pagar um só bilhete para ver meia-dúzia de bandas, mas prefiro pagar para ver apenas uma em recinto próprio, pois geralmente os espetáculos são formatados para esse espaço.

No entanto, este ano e com o anúncio dos Coldplay, fui ao Alive. E mesmo apesar das dificuldades em chegar ao Passeio Marítimo de Algés, devido a um descarrilamento de comboio, o que causou o caos no trânsito e nos táxis, o esforço valeu largamente a pena.

Cheguei ao recinto no início da atuação dos Blondie, banda dos anos 70, e com muitas músicas já transformadas em clássicos, como Heart of Glass, One way or another ou o mais recente Maria. Debbie Harry já não tem a aparência de loura bombástica de outros tempos, nem a frescura física nem a voz cristalina, mas ainda consegue puxar pelo público e proporcionar um ótimo concerto.

Mas os mais esperados da noite eram mesmo os Coldplay. Chris Martin e seus pares não desiludiram minimamente, abrindo com música nova e fogo de artifício, até que o palco se pintou de amarelo para que o público ficasse conquistado e cantasse em uníssono ao som de Yellow. A partir daí, misturando os hits, como a super balada The Scientist, ou Violet Hill,  com músicas novas e menos conhecidas, e num constante alimentar de cor e fantasia o público, que ia respondendo ao chamamento dos Coldplay para cantar com Chris.

E enquanto do palco se soltavam confettis ou bolas saltitavam pelo público ao som de Lost, foi quando Chris Martin tocou o riff de Viva La Vida ao piano que o público entrou em êxtase. Parece que a música terminou cedo de mais, tal era a vontade em cantar. No encore ainda estava reservado outro momento alto, ao som de Fix You, antes de terminar com a música do novo álbum, um concerto que passou a correr na sua hora e meia e que pareceu curto.

Os Coldplay estão em grande forma e provaram-no, proporcionando um dos melhores concertos a que já assisti. Eu gostaria de os ver em concerto próprio numa outra altura. Espero que aconteça.

04 julho 2011

E com isto são…

34! É com esta idade já no pelo que escrevo esta posta. E devo dizer que para já está bem. Não me sinto especialmente mais velho, senão quando o corpo já demora mais a responder ao esforço físico depois de atividades desportivas. A recuperação já não é igual a quando se tem 20 anos. Outro fator que deve ser derivado da idade é o súbito interesse em política. De repente, interesso-me pelas sondagens, pelos debates, pelo resultado das eleições… Sinais dos tempos, ou farto de ser mal-governado?

Enfim, o dia de aniversário correu muito bem. Um almoço com a família mais chegada, e depois à tarde um lanche com os amigos de sempre, acompanhados por momentos de conversa e um belo convívio. Que mais se pode desejar? Que para o ano ainda estejamos todos disponíveis para que a festa se repita.

Obrigado a todos por estarem presentes, e a todos os quantos não puderam estar presentes, mas cuja data não passou esquecida. Afinal, o facebook também ajuda a lembrar destas coisas.

06 junho 2011

Ponto de viragem

Finalmente foi-se. O aldrabão e sem vergonha cara de pau que levou este país quase à falência. Este que não foi envenenado com cicuta, mas que deu muito veneno aos portugueses. Sócrates perdeu as eleições. Era o esperado. Confesso que até tinha pensado em emigrar se este povo o elegesse outra vez. Felizmente isso não aconteceu, e podemos agora respirar de alívio.

Em situações de crise, geralmente é a direita que vence as eleições. Talvez o povo fique farto de falsos pragmatismos e ideias radicais e utópicas que nada trazem de bom para a sociedade. É assim com todos os países. Tanto mais que na Europa dos 27, após a vitória de ontem da direita, apenas 5 países continuam com governos de esquerda: Áustria, Eslovénia, Chipre, Espanha e Grécia (fonte).

Confesso que fiquei contente com os resultados. Sou tendencialmente mais à direita, por achar que o desenvolvimento económico traz desenvolvimento social e não o contrário. Como disse a famosa dama de ferro, Margaret Tatcher: “O socialismo só dura até acabar o dinheiro dos outros”. E parece que os mercados internacionais também gostaram. A bolsa abriu no verde, e os juros da dívida baixaram em praticamente todos os prazos. Pode ser um sinal do ponto de viragem que o país precisa.

Agora, espero que o novo Primeiro-Ministro saiba formar um governo competente, e que dê ao Portas um ministério para ele se entreter, para não atrapalhar muito. E espero que ele saiba escolher as pessoas certas, sem influências de terceiros, para levar este país para a frente, que bem precisa de um timoneiro. Que não se perca em culturas da imagem nem em discursos ensaiados, mas que seja sincero e honesto em tudo o que faça.

Vamos lá, Portugal!

01 junho 2011

Aldeias remotas

Nas aldeias remotas não se passa nada. Mais ou menos. Aliás passa-se muita coisa. Este fim de semana que passou deu para observar que mesmo nas aldeias mais remotas há muita coisa a acontecer. Coisas essas bem diferentes de toda a azáfama diária das cidades  a que estamos habituados.

Uns miúdos a serem treinados a andar de mota pelo pai. O mais novo já estava farto, mas mesmo assim o pai insistia em que ele desse mais umas voltas, com este a gritar que a mota precisava de óleo.

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Um BMW branco sem matrícula a fazer rali pelas ruas apertadas de Sezelhe. Sem matrícula e sabe-se lá sem mais o quê. Travões, talvez.

O café da esquina que tem uma pequena mercearia com um stock limitado de todos os produtos essenciais. O espaço é pequeno e cheira a mercearia de comércio tradicional. Os produtos existem sempre em duas marcas distintas. E para as terras que não têm mercearia, é a própria loja que vai até à aldeia.

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A loja da rua principal de Tourém que vende tudo, literalmente. Desde pilhas alcalinas, a álcool etílico, e até sapatos da Timberland e da Hugo Boss, em vários números e em preço muito em conta. Numa aldeia que fez parte da rota do contrabando, será que os sapatos já fizeram a rota?

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As pessoas locais, idosas, sentadas no alpendre a conversar. A sua simpatia é notória quando lhes perguntamos algo e se nota que gostam de conversar e contar histórias das vidas passadas.

Os pastores de gado, vacas, ovelhas, cabras, cavalos. A orla do monte é definida pelas vacas, alimentadas a erva biológica e com espaço para crescer devidamente. Claro está que a carne assim só pode ser saborosa.

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Isto é apenas uma pequena amostra do que acontece nas aldeias remotas de Portugal. Para realmente sentir os ares, nada melhor que passar por lá, meter conversa, e apurar todos os sentidos.

31 maio 2011

Sezelhe

Sezelhe é uma pequena aldeia no concelho de Montalegre, na Serra do Gerês. A aldeia tem o aspecto acolhedor típico das aldeias de montanha, com casas feitas de pedra e acabamentos em madeira. Tem também as características típicas de desertificação que se fazem sentir em tantos lugares por esse Portugal, e em especial nos lugares à volta do Gerês.

Na aldeia vivem 3 crianças apenas. Talvez nos meses de verão esse número aumente, dado o número de casas de emigrantes que por lá existem. A maioria da população é idosa, e tem os costumes de há muitos anos. A água que se bebe é da fonte. Não tem saneamento, muito menos rede de telemóveis ou internet. Tem linhas telefónicas das antigas, e a televisão chega pelas antenas normais.

No entanto, é um lugar de paz e sossego. Um lugar que serve para reequilibrar as energias num fim de semana, e onde o tempo não andaria, não fosse o sol desaparecer no horizonte, fazendo a noite cair. E onde um grupo de amigos de outras aventuras matou as saudades de estar juntos, com um sempre mais que agradável convívio.

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A fonte que serve a água da aldeia.

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Casas de pedra entre palheiros.

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A calmaria da paisagem do Gerês.

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Pitões das Júnias

24 maio 2011

Maravilhas de um smartphone

Já vos disse que estou maravilhado com o meu smartphone? Nesta altura já o tenho há cerca de 6 meses e é precisamente nas situações que mais precisava dele que ele me safa.

Num local remoto, longe do trabalho, precisava de aceder aos mails do trabalho. Tarefa fácil para o meu smartphone, ligo-me a uma rede WiFi desprotegida, ou protegida com uma password default, que também serve, e toca a trabalhar.

Preciso de chegar a esse local remoto e depois de lá estar, acertar nos cruzamentos para apanhar a estrada correta de volta. Mais uma tarefa para o smartphone. Ligar o GPS e com a ajuda do Google Maps, pedir direções. E no modo de navegação até fala comigo para me dizer onde devo virar, qual TomTom.

Claro que estas funcionalidades também têm o seu quê de maquiavélico. Já não há desculpas para o tradicional “perdi-me e por isso atrasei-me”, mas o pior de tudo, é que não há desculpa para não trabalhar, que tanto jeito dá em muitas situações. É um compromisso que tem de se fazer quando se leva a nossa vida atrás de nós na palma da mão.

17 maio 2011

Laranjas

Hoje ao almoço foi interessante ver como três pessoas sentadas à mesma mesa descascavam três laranjas de três maneiras diferentes. É caso para dizer: diz-me como descascas a tua laranja, dir-te-ei quem és.

09 maio 2011

Sondagens

Hoje foi publicada mais uma sondagem sobre as eleições legislativas que aí vêm. Parece que o PSD desce ligeiramente e o PS (para mal dos pecados dos portugueses, que se calhar até merecem) sobe ligeiramente. Mas o que me chamou a atenção foi o método de recolha das intenções de voto.

Foram entrevistados telefonicamente 1020 pessoas, espalhadas geograficamente pelo país, com várias idades, todas acima de 18 anos, e de ambos os sexos. Neste estudo houve 48,9% de respostas obtidas. Ora, quer isto dizer que os resultados das sondagens são obtidos com os votos de cerca de 500 pessoas.

Acho que está descoberta a razão pela qual eu nunca sou interpelado para sondagens desta natureza, e pelo que acho que não valem de grande coisa. Afinal, o grupo de amostra é tão restrito que as sondagens devem valer tanto como um palhaço qualquer a adivinhar os mesmos números. Ou como eu acertar nos números do euromilhões (e que jeito que dava). E às tantas até são encomendadas pelos partidos, o que não me admirava nada.

06 maio 2011

Leite na idade adulta

Já várias vezes ouvi pessoas, supostos entendidos, no seu entender, em nutricionismo, dizer que o homem adulto não precisa de leite e até o deve evitar. E que somos o único mamífero que bebe leite na idade adulta.

Pois sobre isso eu tenho a dizer que é verdade, somos o único mamífero que bebe leite na idade adulta, porque os outros não o têm para beber! Experimentem a dar leite de vaca (o mais comum) a um animal de estimação adulto a ver se ele não o bebe e lambe o beiço. Seja ele cão ou gato, vai com certeza agradecer e pedir mais. E não me digam que são animais que comem tudo o que lhe dão, porque então não devem nunca ter tido um cão ou um gato para ver o quão esquisitos no comer eles podem ser.

02 maio 2011

O povo que temos

Desculpem a minha revolta, mas não percebo como este povo energúmeno pode ter a intenção de votar outra vez no Sócrates. Sei que as sondagens valem o que valem, mas até parece que o homem  ainda não fez mal que chegue… Depois de descaradamente se preocupar com a sua pele nos mais diversos casos de corrupção que foram aparecendo ao longo dos últimos 6 anos, de medidas populistas para ganhar votos nas últimas eleições, e que enterraram em mais dívidas um país endividado, de descaradamente mentir ao país, constantemente desmentido por outras entidades (inclusive a troika sobre o PEC 4), preocupando-se com a sua imagem diante das câmaras, usando um título de Engenheiro que não ganhou por mérito, e por muitas outras falcatruas e aldrabices que foram aparecendo, como é que o Tuga ainda tem a coragem de votar nele outra vez?

Se Sócrates ganhar as próximas eleições, o povo só terá o que merece, por ser estúpido a ponto de votar outra vez no mesmo cara de pau. O mesmo que planeou esta farsa toda do PEC 4 e do FMI sabendo que se iria demitir e armar-se em vítima para depois ser reeleito. Espero que o povo abra realmente os olhos. E não me venham dizer que os outros são piores, quando nenhum deles ainda foi Primeiro-Ministro. Acordem!

25 abril 2011

Dia de mercado

“É prá canalha, é prá criançada”!, apregoa assim a cigana que tem a roupa a preço de saldo na sua barraquinha. Com este pregão e com o preço baixo, consegue ter a barraca cheia de potenciais clientes.

O mercado da Batalha realiza-se às segundas-feiras. Na zona coberta do pavilhão multiusos, os agricultores expõem e vendem o seu produto direto ao consumidor. Na zona exterior, ficam as barracas de roupa, acessórios, tapetes, flores e outros itens que não precisam de estar resguardados.

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Aproveitando o feriado à segunda-feira, fiz uma visita ao mercado municipal, reavivando as memórias da confusão e da mistura de sentidos que se vive naquele espaço. Os vários aromas da fruta fresca, contrastam com os restos de folhas de verdura e de frutas que se pegam ao chão e aos sapatos. A enganadora ordem que se nota nas barracas, contrasta com os pregões dos vendedores de roupa, fazendo real concorrência uns aos outros: “Olha a calça a 10€! É para homem e senhora!” “Quanto custa”, pergunta um visitante. “Por ser para si, 10€"”, responde o vendedor, como se conhecesse o homem há muitos anos.

Apesar de não ser um apreciador de compras de mercado, gosto de os visitar sempre que vou a algum lado. Revelam sempre o mais tradicional que há em cada local. E sempre que tenho oportunidade, visito o da minha terra, para as lembranças e os reencontros.

23 abril 2011

Dia de abstinência

A minha educação católica, que tive desde pequeno, foi tendo na prática do dia a dia os seus altos e baixos. Nos meus tempos de grupo de jovens sempre me ensinaram a respeitar, mas a ter olhar crítico e a decidir pela minha cabeça.

Estamos na época da Quaresma, e tipicamente a sexta-feira santa é um dia importante. Sempre o foi também para mim. E desde pequeno que fui educado pela família a fazer abstinência. Não comer carne. Ora quando me tornei mais crítico destas coisas, comecei a questionar o porquê desta tradição.

É certo que gostava que alguém entendido no assunto me explicasse o porquê de não se comer carne. Na minha suposição de leigo, está relacionado com as regras criadas há mais de 2 mil anos, altura em que a sociedade comia carne em dias de festa. Era abstinência de luxos. Actualmente, levada à letra não faz sentido. Um kg de febras de porco é bem mais barato que um kg de qualquer peixe. E depois há os que comem marisco e lagosta, mas não estão a comer carne. Onde está a abstinência aí?

Este ano resolvi fazer abstinência. Não comi carne o dia todo, e além disso resolvi abster-me de comer doces, chocolates e gelados que tanto prazer me dão. São os meus pecados do dia a dia. Afinal, julgo ser isso a abstinência, deixar de fazer algo em sinal de sacrifício pessoal. E confesso que me senti muito bem hoje quando acordei, e pensei no que tinha feito, ou deixado de fazer.

12 abril 2011

Abertura do Shopping

Abriu hoje o Fórum Sintra. O antigo hipermercado Feira Nova, situado bem perto do meu local de trabalho, cresceu e multiplicou-se.

Na altura em que fechou deixou-me a mim e à maior parte dos meus colegas, bastante preocupados sobre onde iriamos almoçar, ainda por cima onde pudéssemos ir a pé, e gastar menos de 3 euros na refeição. A resposta: em lado nenhum. Por isso foi com alguma felicidade que hoje, primeiro dia do novo Centro Comercial totalmente remodelado, nos dirigimos até lá para almoçar.

O shopping cresceu bastante, tem muitas lojas, algumas bastante grandes e que fizeram falta durante o tempo em que esteve fechado (o Feira Nova hipermercado fechou durante 4 meses, mas as lojas fecharam 2 anos), pois é sempre mais prático aproveitar uns minutos da hora de almoço para fazer as compras. Geralmente há menos gente e menos confusão a esta hora.

Hoje, primeiro dia do novo shopping, em plena semana de férias escolares, e vésperas de Páscoa, estava simplesmente cheio de gente. A hora de almoço foi o verdadeiro terror para encontrar um local para comer que fosse relativamente rápido, e pior do que isso, um local para sentar. A esplanada exterior estava quase vazia, mas infelizmente, à chapa do sol.

Por isso, apesar de ter aproveitado para observar e cuscar o novo shopping, os almoços ficarão para outra altura, experimentando os vários restaurantes que por lá existem na zona de restauração. As compras no Pingo Doce, essas, voltarão a ser efectuadas lá muito em breve.

01 abril 2011

Comida chinesa

Considero-me um pouco esquisito na comida (quem não é?) e quem me conhece sabe disso mesmo. Por isso, foi com algum receio que fui para a China, sabendo que iria ter grandes diferenças na alimentação durante a estadia. Eu gosto de comida chinesa, mas sempre a comi em restaurantes ocidentais, o que não é exatamente a mesma coisa.

Pois todos os meus receios não se verificaram, e gostei bastante de tudo o que comi. Fui sempre com o pressuposto que, não sabendo o que é, está cozinhado, e não mexe, então há que provar. Só depois de provar é que poderia então saber se gostava ou não. Se me fizesse mal só iria saber no dia seguinte.

Desde o pequeno-almoço no hotel até ao jantar algures pela cidade, sempre me alimentei bem. Na China há muitos restaurantes orientais, desde japoneses, tailandeses, coreanos, até indianos. Mas também os há ocidentais, como italianos ou brasileiros, e acima de tudo, americanos (pensavam que aquilo era comunista? Também eu.)

Das muitas iguarias que comi, destaco o melhor arroz chau-chau que alguma vez provei, a carne de vaca do teppanyaki, o bife grelhado do italiano, e os potes de arroz quente dos almoços. O chau-ming com gengibre também era algo de delicioso e exótico, e os sumos naturais de ananás e melancia foram dos melhores que já bebi.

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O melhor arroz chau-chau do mundo.

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A carne e os legumes do teppanyaki

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No restaurante coreano

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Sempre a comer com pauzinhos.

Houve tempo para provar outras iguarias um pouco mais estranhas, como os bolinhos de carne chineses e os ovos podres do pequeno-almoço. Estes ovos, de cor acastanhada, mais não são do que cozidos em chá, que lhes dá um ligeiro aroma a ervas e uma cor castanha à clara.

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O ovo podre do pequeno-almoço.

Não quis arriscar na comida de rua, se bem que alguma até tinha um aspecto agradável, quando não cheirava mal. Mas na China é preferível não arriscar, pois pelo que me apercebi, a cultura de higiene é bastante diferente da nossa.

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Fruta de rua

E caso houvesse uma emergência de fome, nada como ir aos típicos restaurantes americanos de fast food que existem até na China.

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Os arcos amarelos do MacDonalds.

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Um pizza-hut mesmo ao lado do hotel.

A comida chinesa é realmente boa, e aparentemente saudável. Não vi um único chinês que pudesse dizer que era gordo. Ao contrário de mim, que vim de lá com mais um quilo na cintura.