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02 agosto 2011

Super Jamie

Há concertos que são assim. Uma maravilhosa surpresa. Foi o que aconteceu este ano com Jamie Cullum no Cascais Cool Jazz Fest.

Eu já conhecia Jamie Cullum, as músicas são agradáveis, com tons de jazz, tendencialmente calmas, e tem umas covers interessantíssimas nos seus álbuns. Mas nunca o tinha visto ao vivo. Como tal, esperava um bom concerto, mas com um ritmo que se assemelhasse mais a um concerto típico de jazz. Puro engano, e para melhor.

A noite começou com Luísa Sobral, finalista dos Ídolos de há uns anos atrás, que depois de um curso de música em Boston sobressaiu no panorama musical. Músicas muito agradáveis, um espetáculo engraçado, com melodias que variam entre o jazz e o fado. Houve até uma cover fantástica de Valerie de Amy Winehouse, detestada por alguns puristas que por lá circulavam entre o público.

Depois, veio o Super Jamie. Começando de fato e gravata, que cedo despiu até à t-shirt colorida, logo conquistou o público com os seus magníficos dotes de pianista, a mostrar no improviso e na energia em palco porque razão é um excelente performer e um não menos talentoso músico. O piano é praticamente a extensão das suas mãos, e as músicas, tocadas com muito mais energia e arranjos que nos álbuns originais, levaram um público que começou sentado a levantar-se e a dançar. Houve homenagem a Amy Winehouse, com Love is a losing game, passando por High and  Dry dos Radiohead, e terminando em beleza com a melodiosa Gran Torino, composta para o filme de Clint Eastwood.

Foi um espetáculo surpreendente de Jamie Cullum, que me proporcionou um dos melhores concertos de sempre a que já assisti.

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