O filme do filho de emigrantes em França, Ruben Pinto, já é o mais visto de sempre do cinema, vá lá, português. Criando as personagens como uma homenagem aos seus próprios pais, também eles uma porteira e um trabalhador das obras, o realizador conseguiu com uma história simples e bem humorada receber todos os elogios.
Isto prova que para o cinema ser bom não é necessário realizações de planos estáticos demorados, histórias em que é preciso tirar um curso de literatura para perceber o mínimo de significado, nem exibir o filme à porta fechada para meia dúzia de espectadores.
O cinema português pode e deve ser tão bom quanto os restantes, sem ser itelectualóide, chato ou exclusivo para minorias. Porque afinal de contas, quem o deve pagar é o espectador e não o contribuinte.