Passaram 12 anos desde que fui pela primeira vez ao Oceanário de Lisboa. A primeira vez foi durante a Expo 98, onde os milhares de visitantes eram pressionados a despacharam-se de modo a dar lugar a outros milhares que se seguiam.
Desta vez, e já sem a confusão da Expo 98, a visita foi feita ao ritmo que apeteceu, sem pressas, e apreciando todo um mundo de espécies animais e vegetais que depende dos oceanos.
Pela janela do grande tanque central observamos os vários peixes em harmonia, e quase que nos sentimos debaixo de água, mesmo quando algumas das espécies mais simpáticas se aproximam como que para dizer olá.
Um tubarão, dos vários existentes no tanque
Nos quatro tanques adjacentes ao tanque central, um em cada esquina, mais pequenos, são recriados os habitats de quatro oceanos específicos: Atlântico, Pacífico, Índico e Antárctico. Na parte superior de cada um destes tanques, observam-se muitas aves, de várias espécies. E em toda a visita são dados conselhos para a preservação de cada uma dessas espécies, que os visitantes deveriam ler, e essencialmente cumprir.
Pinguim, a posar para a fotografia (Antárctico)
Pinguim, a “cantar ópera” (Antárctico)
No tanque do pacífico encontra-se aquela que é talvez o ex-libris do Oceanário, e que diverte e entretém os visitantes, tal a sua simpatia. A lontra Amália, agora sozinha, à espera que duas das suas crias regressem a Lisboa para lhe fazer companhia. A lontra macho Eusébio morreu há pouco tempo, e as três crias do casal foram emprestados a aquários da Europa. Digam lá se não dá vontade de lhe fazer festas?
Amália, a única lontra actualmente presente no Oceanário (Pacífico)
Por entre os pequenos aquários interiores é possível ver toda uma séria de animais marinhos, das mais variadas formas e cores, desde o polvo gigante do pacífico ao caranguejo-aranha do Alasca, passando pelos agora famosos peixes-palhaço, muitas anémonas, medusas, e outros animais ainda mais estranhos.
Como um pequeno bónus na visita, o Oceanário apresenta uma exposição de anfíbios, também eles cheios de cor, e alguns bastante difíceis de localizar, dada a sua capacidade de camuflagem e o seu (espantoso) reduzido tamanho.
Uma rã, do tamanho de um polegar
Não sei quando voltarei a ir a Oceanário de Lisboa, mas espero não demorar novamente 12 anos. É um local que vale a pena visitar.