Para que os pensamentos não se percam no éter, e o fumo do pensamento não ande por aí espalhado.

28 setembro 2011

Férias de Verão

Isto de ir de férias em final de Setembro tem destas coisas. Depois de um Agosto digno de uma qualquer zona tropical húmida, o Setembro mostrou-se calorento e apetitoso. É caso para dizer que acertei na altura das férias.

E foi com um calor abrasador de 30º que me fiz à Costa Vicentina e Alentejana, onde parando de praia em praia me ia refrescando no mar e refastelando na areia. Outra das vantagens de ser Setembro, é que a confusão típica de Agosto já não existe. O carro estaciona-se no local mais próximo junto do acesso à praia. Não temos que andar a pisar as toalhas dos outros banhistas, nem eles a nossa. Não nos arriscamos a levar com um gordo em cima que mergulha mesmo ao nosso lado nas ondas. E o risco de levar com uma bola na cabeça é também diminuto. Só vantagens (ou quase).

E porque também há desvantagens, digamos que as praias são mais curtas e o mar um pouco mais bravo. As localidades à noite são uma total pasmaceira, o que é bom para andar à vontade e fazer férias de descanso. E os dias são realmente mais curtos.

No entanto, e como as vantagens superam largamente as desvantagens, nem que seja para meter nojo a quem tirou férias em Agosto de guarda-chuva, aqui ficam algumas fotos das belas praias por onde passei.

Sagres

Arrifana

Zambujeira do Mar

Porto CôvoIlha do Pessegueiro

Comporta

Ferry para Setúbal

P.S. – Pare verem a descrição, passem com o rato por cima das fotos.

13 setembro 2011

O meu carro foi ao médico

Mais precisamente ao podologista e ao oftalmologista. Na anatomia do automóvel, foi desempenar as jantes e polir os faróis dianteiros, As jantes já estavam quase quadradas. Os faróis, de transparentes passaram a amarelos ao longo dos 11 anos e quase 300.000 km de uso. Já não se fazem faróis em vidro dos que duravam para toda a vida. Resolvem fazê-los em plástico, e depois têm que ser polidos para passar na inspeção automóvel.

Pelo caminho, levou ainda um farolim de nevoeiro, que por um qualquer azar não detectado se tinha estilhaçado, suponho eu à custa de uma pedra. Levou um de marca alternativa, que o de marca original custava 3 vezes mais, e com esta idade qualquer coisa serve.

E com esta brincadeira toda ainda me cobraram uma luz para o dito farolim, que foi mais cara que duas lâmpadas para os médios compradas no fim de semana anterior. ”Ah, mas são de marca!”. E a minha carteira nesta altura não quer saber disso para nada. Lá consegui com que me descontassem uns trocos na factura total. Que esta medicina também custa dinheiro e não é pouco.

12 setembro 2011

World Trade Center

Este fim de semana foi pródigo em documentários e filmes baseados na tragédia que mudou o mundo. Sim, é verdade que há muitas tragédias de muito maior dimensão e que afectam mais vidas, mas o que é certo é que nenhuma teve tanto impacto como esta.

Talvez por ser no país mais poderoso do mundo, atacado bem no seu coração. Talvez por todo o mediatismo. Talvez por ser uma cultura muito mais próxima da nossa.

Como não podia deixar de ser logo se levantaram as teorias da conspiração mais macambúzias sobre o assunto. Desde a dobragem da nota de dólar que indica o dia 9/11, às mais absurdas de planeamento e encobrimento governamental. E depois de ver os documentários sobre o assunto e os testemunhos na primeira pessoa de quem lá esteve, considero uma enorme falta de respeito pelas vidas que se perderam nessa tragédia. Deixem-se de teorias da treta e vão fazer algo de útil para a sociedade.

E na celebração dos 10 anos do acontecimento, foi inaugurado um memorial que eu pretendo visitar, mesmo pagando bilhete, quando for a Nova Iorque um dia destes.

11 setembro 2011

10 anos depois

Estava eu em Tel-Aviv, Israel, eterno aliado dos EUA, numa formação da empresa onde trabalhava, quando de repente entra alguém na sala, num misto de exalto e de admiração: “O World Trade Center está a ser atacado!”

Ninguém mais trabalhou naquele dia. E enquanto eu voltava para o hotel, via os helicópteros militares a passarem de norte para sul, na direção de gaza, as ruas praticamente vazias, e um ambiente que não é normal para aquela cidade. Tipicamente as pessoas estão descontraídas e na sua vida normal, o que não era o caso.

O aeroporto foi fechado, e o meu colega ficou aflito porque tinha de regressar no dia seguinte a Lisboa. Acabou por ter sorte que no dia seguinte o tráfego foi reaberto, com alguns condicionantes.

Quando me ligaram de Portugal a perguntar se eu sabia o que estava a acontecer, já eu estava na piscina do hotel, relaxado, e claro que estava a acompanhar as notícias. Naquela altura ainda estava tudo muito incerto sobre o que aconteceu e as consequências.

Quando regressei a Lisboa, após a paranoia da segurança de voo aumentada, mandei uma gargalhada interior com a confusão que se gerava na revista das malas e afins. Algo que quem viajava regularmente para Israel, como eu naquela altura, achava uma brincadeira de crianças comparando com a revista e inquérito que faziam em Tel-Aviv.

10 anos depois, as memórias regressam do dia que mudou o mundo. Não sei se o mundo ficou melhor ou pior, mas diferente ficou com certeza.

06 setembro 2011

De novo…

Para os que ainda não encontraram a notícia, espalhada pela Internet nos vários meios de comunicação social, aqui fica o link.

Devo dizer que, mais uma vez, e à semelhança do que aconteceu em 2009, também falado na comunicação social, não fui afectado. Ou seja, o meu nome não consta da lista. Isso revela em mim um misto de alegria e de frustração, já que há sempre vantagens e desvantagens. Mas seja como for a vida continua, fosse para que lado fosse.

Assim, queria só agradecer aos meus amigos que se preocuparam e me perguntaram quando souberam da notícia. Obrigado. Vocês fazem parte de mim.

E aos que me telefonaram assim que souberam a notícia a tentar contratar os meus préstimos, o meu obrigado na mesma. Apesar de não aceitar qualquer proposta, já que ainda me posso dar ao luxo de ser seletivo, o meu ego fica lá em cima. Daqui a uns meses quem sabe se não falaremos de novo.