Para que os pensamentos não se percam no éter, e o fumo do pensamento não ande por aí espalhado.

24 fevereiro 2013

Óscares 2013

Este ano não tive tempo de ver quase nenhum dos filmes candidatos ao grande Óscar (o de melhor filme). Porque tardam em estar disponíveis em DVD ou no MEO, e infelizmente não consigo ir ao cinema todas as semanas, tanto por questões de agenda como de finanças.

Os únicos que vi foram o  Argo e o Lincoln. Diferentes. Bons. Lincoln muito bem interpretado pelo sempre candidato a Óscar Daniel-Day Lewis, que muito com sotaque coloca na personagem. E sendo baseado em factos históricos, não deixa de ser curioso que o partido que apoiava a escravatura seja precisamente o do primeiro presidente negro da história dos EUA.

Argo tem uma narrativa muito mais interessante e cativante. Tem mais acção, mais intriga e muito mais suspense, que nos prendem ao écran à espera do final. Que chega bem mais depressa que no filme descrito anteriormente.

Não pude ver os restantes nomeados, mas se tivesse de escolher entre estes dois, o Ben Affleck e o seu Argo levariam o Óscar.

Vamos ver como corre a cerimónia, com a irreverência do politicamente incorrecto Seth MacFarlane na apresentação. É sempre pena dar demasiado tarde.

11 fevereiro 2013

A resignação do Papa

Confesso que não compreendo a indignação mais ou menos generalizada pela anunciada resignação do Papa Bento XVI. Primeiro reclamam quando ele foi eleito, agora que o homem se vai embora, reclamam novamente?

Um pouco mais a sério, eu concordo que ele resigne. O cargo de Papa deve ser tudo menos fácil, não só pelo que ser Papa representa, mas por tudo o que exige em termos de ideias e trabalho. É certo que o Papa não faz tudo sozinho, e tem dezenas de conselheiros. Para mim, estando eu cansado devido à idade avançada, para tarefas tão exigentes, faria o mesmo. Se os reis o fazem, porque o Papa não o pode fazer? O Papa João Paulo II aguentou até ao último momento, mas com que lucidez e capacidade é que conseguiu gerir a Igreja nos seus últimos anos de vida?

Só posso criticar é o momento escolhido, pois sendo a Páscoa a celebração mais importante da Igreja, e a base da sua estrutura, poderia ter adiado o anúncio por mais um mês.

A divindade do Papa está no facto de ele também ser Homem, e com isso ter todas as fraquezas e virtudes da Humanidade! E a coragem demonstrada no anúncio mostra que Ratzinger foi um Papa diferente. Para bastante melhor que aquilo que todos previam. Espero que o Vaticano saiba escolher o próximo Papa com sabedoria.