Para que os pensamentos não se percam no éter, e o fumo do pensamento não ande por aí espalhado.

19 março 2013

De Lisboa para o Mundo

A Deolinda deixou o bairro lisboeta e partiu para o mundo.

O terceiro álbum de originais dos Deolinda está quase a sair, e no primeiro single já se podem ouvir as sonoridades límpidas dos irmãos Martins, ao ritmo da música do mundo.

Ainda sem acesso ao álbum completo, este single deixa prever que a Deolinda abriu os seus horizontes, sem nunca deixar as suas raízes. As bases de fado estão lá, mas agora fundem-se com outros sons, tal como no vídeo se fundem os vários estilos de dança, com Ana Bacalhau a participar graciosa, colorida e sorridente.

17 março 2013

Os desastres do Amor

Era este o título da peça em cena no Teatro Nacional de S. João. Pouco tempo após de de começar se revelou num verdadeiro desastre, pelo menos para quem contava com uma tarde de Domingo bem passada.

Nada a apontar aos actores, onde constam nomes como o da excelente Rita Blanco, mas mesmo para uma peça que não é humorística, falta-lhe muita acção. Na plateia estava Manoel de Oliveira, o cineasta centenário, e para ele até deve ter passado demasiado depressa.

A história até que não é má de todo, tem muitas personagens metafóricas, retiradas de textos de Pierre de Marivaux, se bem que algures a meio se misturam de uma maneira demasiado rebuscada.

O Teatro, além de arte, deve ser entretenimento. A arte é um conceito subjectivo, mas quanto ao entretenimento, não me senti nada entretido. E além disso, quem é que diz que para ver uma peça de teatro tem que se saber falar fluentemente italiano, castelhano e francês? Em inglês, ouve-se apenas um mísero “fuck”, e a maior parte da peça era de facto em português. Mas devia ter sido toda!

Concluindo, foi um desastre de Domingo, numa peça de teatro que não recomendarei a ninguém.

01 março 2013

Pedras Salgadas

O que pensamos quando falamos em Pedras Salgadas? Naquela água com bolhinhas que nos alivia o estômago de alarve, para além de uma sensação da sensação de frescura natural quando estamos com sede.

Numa recente visita ao Parque Natural das Pedras Salgadas, situado no Norte de Portugal, podemos visitar um parque muito bem tratado, onde se situam as termas das águas alcalinas das Pedras Salgadas.  O parque (e a marca de águas) foi comprado recentemente pela Unicer, dona da Super Bock, que tenta revitalizar o projecto, mantendo o parque muito bem arranjado, e tentando explorar o filão ainda existente do turismo de habitação, principalmente nos turistas estrangeiros.

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O parque é uma área muito ampla de jardins, onde se incluem as termas, recentes cabanas de madeira para habitação de turismo, a fábrica onde são engarrafadas as águas, e inúmeras fontes, entre as quais…a fonte.

A fonte de onde brota a água das Pedras Salgadas, existe mesmo mas… está fechada. Só abre no Verão e a água é controlado por meio de umas bombas e uma torneira, onde uma senhora oferece um copinho de água das pedras aos visitantes.

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Confesso que me senti completamente defraudado. Para quem como eu está habituado a ver uma fonte de água sempre a jorrar e de uso quase livre, ver assim esta fonte tão especial foi uma verdadeira desilusão.

Para continuar a beber água das pedras, tem mesmo de ser a versão engarrafada na fábrica. Que a outra, a original, é uma fraude.