Para que os pensamentos não se percam no éter, e o fumo do pensamento não ande por aí espalhado.

29 junho 2012

Não se trabalha, colabora-se.

Durante a minha pesquisa de emprego, que ainda decorra à data deste post, verifico que a maior parte das empresas da minha área de competências, quase todas elas ligadas à consultoria e outsourcing, não têm trabalhadores. Têm sim algo completamente diferente a que chamam colaboradores. Em termos práticos, a diferença é nenhuma. A minha teoria é que essas empresas acham que trabalhador é uma palavra demasiado comunista para ser aplicado a um trabalho, perdão, uma colaboração, que tem tudo de capitalista.

Na iminência de também eu vir a ser um colaborador de uma dessas empresas, já me imagino com o meu discurso depois de um dia de trabalho, perdão novamente, um dia de colaboração, ao chegar a casa:

- Então, que tal foi o teu dia de colaboração?

- Foi bom, mas temos muita colaboração pela frente. E ainda por cima ganhámos um projeto novo em que vou ter de colaborar em acumulação com a colaboração que já tinha antes.

- Mas vais fazer isso sozinho?

- Não. Vou ter de colaborar com o Zé, que é um tipo porreiro, e com o Quim, que não gosto nada de colaborar com ele.

- Então porquê?

- Porque ele tem uns métodos de colaboração estranhos, e que não costumam resultar muito bem quando tem de colaborar com outras equipas.

E assim sucessivamente…

Se alguém souber a razão pela qual se deixou de trabalhar para passar a colaborar, agradeço que me informe. É que estou realmente curioso, e dá muito trabalho, perdão, muita colaboração, investigar isso.

11 junho 2012

A viagem maravilhosa

Foram quase 3 semanas a viajar. Sem contar com os 2 dias de avião para cada um dos lados e os voos mais curtos, isso dá mais ou menos uns 15 dias de férias úteis. Maldivas, Singapura e Tailândia, 3 destinos tão distintos como de especiais, para apreciar com diferentes estados de espírito.

Maldivas

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As Maldivas são consideradas como o paraíso na Terra. Em todas as viagens que fiz nunca vi nada igual, e é efetivamente o destino de eleição para qualquer viagem romântica. As paisagens são realmente paradisíacas, a areia é realmente branca, a água é realmente cristalina e as habitações sobre a água fazem-nos pensar que vivemos realmente dentro de um aquário. Todos os pormenores são cuidados e nada é deixado ao acaso. E apesar da aparente calmaria, há toda uma série de atividades (essencialmente aquáticas) que quase não deixam tempo para relaxar ao sol. Mas o relaxamento a olhar para o mar de água quente também acontece e transporta-nos o pensamento para… nenhum lugar, que o Paraíso é mesmo ali.

Singapura

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Singapura é um país/cidade dos mais ricos do mundo. Ali não se fala em crise e pode-se ver pelo nível de vida que a população que ali habita e os que a visitam têm. Apesar dos preços não serem exageradamente altos, antes pelo contrário, o que dá para fazer algumas compras a preços interessantes. A cidade é caracterizada por prédios altos (o território é escasso, e como tal só podem crescer para cima) mas de arquitetura bastante evoluída, o que transforma a orla da cidade numa vista muito agradável. Mesmo tendo a dimensão do nosso Alentejo, possui algumas zonas características como Chinatown ou Little India, um jardim botânico com milhares de exemplares de orquídeas, bem como uma marina muito cuidada e bonita, onde é possível dar longos e agradáveis passeios. A sua localização quase encostada à linha do equador faz com que as temperaturas sejam sempre quentes, mesmo na estação das chuvas. E a população é simpática e cumpridora das restritivas leis, o que torna a cidade num local extremamente limpo e cuidado. Recomenda-se igualmente uma ida noturna a Clark Quay e experimentar o prato mais típico da cidade, o Chilli Crab.

Tailândia

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A Tailândia é um destino exótico atrativo essencialmente pela sua cultura. Um país muito vasto recheado de pessoas de nacionalidades distintas, onde se pode ver tanto os calmos montes verdejantes como a balbúrdia de uma típica cidade asiática. Templos dedicados a Buda não faltam por todo o país, e a abundância de mercados de bijutaria e artesanato é também um marco. Nestes, é vulgar regatear bastante o preço dos produtos, o que torna a Tailândia um destino de compras muito interessante. A gastronomia é bem diferente da ocidental, e os picantes podem não ser bem tolerados. No entanto, a comida, na minha opinião, é boa e barata. E para quem não gosta de arriscar em demasia, há sempre os franchises de fast-food americanos espalhados pelas principais cidades. Apesar de estar cheia de turistas nas principais atrações, o que desvirtua um pouco os lugares, principalmente os templos, é um destino que faz parte do imaginário de muita gente. O país é todo ele muito colorido, e a população é extremamente simpática. E dada a sua dimensão, tanto se podem fazer férias em cidade, como em zonas rurais mais para o norte ou em locais mais calmos e isolados como no sul e nas ilhas.

P.S. – Esta posta irá ser expandida com mais detalhes e fotos. Estejam atentos.

05 junho 2012

E ao fim de 13 voos…

…as bagagens não se perderam! Isto é de facto um grande feito, pois com tantos voos na viagem a probabilidade de ficar sem bagagem é muito grande. A maior parte dos voos são curtos, inferiores a 2 horas, mas no voo de regresso, que são 3 escalas, a probabilidade é ainda maior.

Como tal, estou de volta ao nosso pequeno burgo, a tempo de me atualizar das notícias que por cá andam, preparar-me para o Euro2012, e recuperar de um jet-lag valente antes de voltar ao mundo real.