Para que os pensamentos não se percam no éter, e o fumo do pensamento não ande por aí espalhado.

07 julho 2011

I’m feeling Alive!

Pela primeira vez desde a sua existência, fui ao Optimus Alive. Não gosto muito de festivais de Verão, uma vez que é sempre demasiada gente para se ir ao bar ou à casa de banho, e tipicamente o espetáculo das bandas é limitado em tempo. É bom pagar um só bilhete para ver meia-dúzia de bandas, mas prefiro pagar para ver apenas uma em recinto próprio, pois geralmente os espetáculos são formatados para esse espaço.

No entanto, este ano e com o anúncio dos Coldplay, fui ao Alive. E mesmo apesar das dificuldades em chegar ao Passeio Marítimo de Algés, devido a um descarrilamento de comboio, o que causou o caos no trânsito e nos táxis, o esforço valeu largamente a pena.

Cheguei ao recinto no início da atuação dos Blondie, banda dos anos 70, e com muitas músicas já transformadas em clássicos, como Heart of Glass, One way or another ou o mais recente Maria. Debbie Harry já não tem a aparência de loura bombástica de outros tempos, nem a frescura física nem a voz cristalina, mas ainda consegue puxar pelo público e proporcionar um ótimo concerto.

Mas os mais esperados da noite eram mesmo os Coldplay. Chris Martin e seus pares não desiludiram minimamente, abrindo com música nova e fogo de artifício, até que o palco se pintou de amarelo para que o público ficasse conquistado e cantasse em uníssono ao som de Yellow. A partir daí, misturando os hits, como a super balada The Scientist, ou Violet Hill,  com músicas novas e menos conhecidas, e num constante alimentar de cor e fantasia o público, que ia respondendo ao chamamento dos Coldplay para cantar com Chris.

E enquanto do palco se soltavam confettis ou bolas saltitavam pelo público ao som de Lost, foi quando Chris Martin tocou o riff de Viva La Vida ao piano que o público entrou em êxtase. Parece que a música terminou cedo de mais, tal era a vontade em cantar. No encore ainda estava reservado outro momento alto, ao som de Fix You, antes de terminar com a música do novo álbum, um concerto que passou a correr na sua hora e meia e que pareceu curto.

Os Coldplay estão em grande forma e provaram-no, proporcionando um dos melhores concertos a que já assisti. Eu gostaria de os ver em concerto próprio numa outra altura. Espero que aconteça.

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