Para que os pensamentos não se percam no éter, e o fumo do pensamento não ande por aí espalhado.

26 dezembro 2010

E a prenda deste Natal foi…

isto!

23 dezembro 2010

Natal

Gosto do Natal. Como cristão, sempre fui ensinado que a grande festa do cristianismo é a Páscoa, mas sem dúvida que é o Natal que que mais me anima. Não nego que gosto de receber presentes, ainda hoje como quando era criança, gosto de enfeitar a árvore, ir apanhar musgo para o presépio, ralhar com os gatos quando destroem o musgo, esconder os chocolates bem atrás da árvore, para ter o prazer de os descobrir quando esta for arrumada até ao ano que vem.

E apesar de sentir que o verdadeiro espírito de Natal já não é o mesmo de há uns anos atrás, o que é certo é que é um momento de reunião da família, este ano com todos os irmãos presentes no jantar da consoada e no almoço do dia seguinte.

Que na falta de um verdadeiro espírito de Natal por esse mundo fora, pelo menos em casa eu o possa sentir, assim, sempre, todos os anos. Mesmo que apenas uma vez por ano.

11 dezembro 2010

Bella Italia

Como já devem ter reparado, as minhas férias no início de Dezembro passaram-se em Itália. Aproveitando o feriado a meio da semana, lá consegui tirar uns dias de descanso, longe da azáfama do trabalho, pouco habitual para a época.

O destino, mais especificamente, incidiu na região dos lagos, na zona norte de Itália. A vista sobre os Alpes desde o lago Maggiore é algo que eu nunca tinha visto com céu limpo, e que me deslumbrou.

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As pitorescas cidades italianas são sempre muito interessantes. As ruas são autênticos monumentos, com edifícios mais ou menos velhos, e mais ou menos restaurados, mas que dão sempre para fotografias excelentes. E desta vez, até a neve ajudou ao cenário.

Bérgamo, Como, Varese, Bellagio, Laveno foram as cidades italianas visitadas desta vez, cada uma com as suas características únicas. Varese é uma cidade mais virada para o comércio, pelo que não é tão turística como as restantes. É uma cidade importante para a região onde está inserida, e fornece os serviços essenciais para a população.

Como é famosa por ser onde vive o ator George Clooney, onde mais uma vez, passou despercebido, o malandro, talvez na sua loja Nespresso mais próxima de casa. Bérgamo fica situada a alguns quilómetros de Milão, e a zona da cidade alta é muito pitoresca, cheia de ruas estreitas, lojas típicas de comércio tradicional e artesanato e alguns monumentos.

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Bellagio é a terra que dá nome ao famoso casino-hotel de Las Vegas. Situada no vértice do lago di Como, é uma aldeia pequena, mas rodeada de uma paisagem soberba.

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Laveno é uma das cidades mais importantes à beira do lago Maggiore. Conhecida pela sua Funivia, que está fechada na maior parte dos dias de Inverno, do cimo do monte tem-se uma vista fenomenal sobre o lago. Como não foi possível subir até lá, a vista a partir da igreja já é por si interessante.

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Bem perto de Laveno, situa-se a ermida de Santa Catarina del Sasso. Construída sobre uma falésia, a igreja é pequena mas acolhedora. A vista sobre o lago Maggiore é privilegiada devido à sua localização.

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Ainda houve tempo para dar um salto à Suiça, que fica bem perto desta região. A cidade escolhida foi Lugano, à beira do lago com o mesmo nome. A diferença de mentalidade entre o povo vizinho é enorme, desde logo com o respeito na estrada, quer pelos peões, quer pelos outros condutores. E o embelezamento da cidade, com os jardins sempre aparados, contrasta com algum desleixe típico dos povos latinos, entre os quais o italiano. Na cidade, já com alguma dimensão, é vulgar encontrar lojas de venda de chocolate artesanal, um verdadeiro ex-libris do país.

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E claro que a visita não podia terminar sem uma passagem pela loja da fábrica de chocolates Lindt, situada perto de Varese, onde um guloso como eu se pode perder no meio de tanta variedade.

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08 dezembro 2010

Comida Italiana

Se há país onde eu nunca passo fome é a Itália. Para além do meu Portugal, é talvez o país onde eu mais aprecio a comida. Claro que é sempre preciso saber onde comer, que quem procura fast food, encontra-o.

Nas entradas é habitual haver sempre os grissini, pão seco em forma de palito, alguns com ervas aromáticas, ou simplesmente de pão. E a bela polenta, um género de papas de milho que pode vir mais ou menos condimentada, mas que é o tradicional alimento dos montanhistas, tal a força calórica que introduz a quem a come.

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As pizzas italianas tradicionais, de massa fina e com um molho de tomate que é simplesmente divinal, levam muito poucos ingredientes, ao contrário das que se fazem por cá nas cadeias de fast food. E são sempre de comer e chorar por mais.

Para além das pizzas, há as pastas, com massas de múltiplas formas e cores, desde o tradicional spagheti, a outras mais estranhas em forma de orelhas. E os molhos que as acompanham são igualmente de nos levar aos céus.

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As sobremesas são de entrar em transe. O tiramisu, que pode levar rum ou café, mas que em qualquer dos cenários é uma sobremesa fantástica. E se no verão o calor pede sempre por um delicioso gelato, tipicamente de fabrico artesanal e por isso sempre cremoso e muito saboroso, o inverno chama mais por um ciocolatto caldo com panna, que aquece os momentos mais frios e adoça qualquer amargo de boca.

Para quem gosta de rematar com digestivo, eu sugiro um lemoncello com limões da Sicília, ou um qualquer outro licor de fabrico artesanal, disponível por toda a Itália.

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05 dezembro 2010

Neve

Adoro neve. Desde que não seja em demasia e não nos impeça de sair de casa (ou do aeroporto). Talvez por viver numa zona do país onde raramente neva, parece que sinto a necessidade de ver, tocar, pisar neve quando chega a altura de Dezembro.

E por isso quando chega a altura de Dezembro resolvo meter-me num avião e ir para paragens onde a neve é algo abundante. O frio é sempre relativo, mas a alegria que sinto ao estar na neve supera todos os problemas climatéricos. Além de que é muito giro ver os flocos a cair e muito mais simpáticos que qualquer chuva.

E nada melhor que um belo de um chocolate quente italiano com natas para matar o frio que se faz sentir, e adocicar o momento com tão deliciosa degustação.

Com a chegada da neve, o Natal está mesmo à porta, e é muito normal ver-se nos países europeus as tradicionais feiras de Natal, com os mais variados artigos desde artesanato, até comidas, e o indispensável vinho quente da época.

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Vista de Sacro Monte

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Cai neve em Bérgamo

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Os enfeites naturais da neve

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Pequena feira de Natal em Ispra

04 dezembro 2010

E a partir do avião…

…tiram-se fotos espetaculares de paisagens de cortar a respiração. Mesmo com o telemóvel. Os Alpes são mesmo magníficos.

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Voar em low-cost

Nunca voei em Low-Cost. A única razão, pelo menos até hoje, foi a de nunca se ter proporcionado. Os voos são tipicamente a horas que não dão jeito a ninguém, e os mais baratos são de ou para aeroportos que não interessam.

Hoje, o meu voo na TAP para Milão demorou uma hora a mais que o previsto. E qual foi a razão? A greve do pessoal de terra em Espanha fez com que o espaço aéreo espanhol estivesse fechado à aviação. Com isto, o avião teve de ir dar uma volta até aos Açores e regressar ao continente pelo Golfo da Biscaia, entrando em Itália por França, contornando assim as limitações impostas por Espanha.

Ora, agora imaginem que tinha sido uma low-cost em vez da TAP. Os bilhetes, quando andei a procurar, eram mais baratos 2€, logo nem valia a pena chatear-me. Na TAP ainda me serviram uma refeição, nada de especial, devo dizê-lo, mas fica a intenção. E pelo menos, ao contrário de outros voos, o mesmo não foi cancelado. Não estou a ver nenhuma low-cost a gastar mais combustível, a trocar o avião por um maior, apenas para poder contornar Espanha. O mais fácil, e típico nas low-cost, é cancelar. E o passageiro que se amanhe.

Quando há patrões de empresas low-cost que só não põem os passageiros a voar em pé agarrados ao varão apenas porque as regras de segurança internacionais não deixam, aí se vê ao que se sujeitam os passageiros. Eu ainda prefiro a minha dignidade e algum conforto. Dizem que é da idade.