Para que os pensamentos não se percam no éter, e o fumo do pensamento não ande por aí espalhado.

30 dezembro 2011

Centro de Emprego

Sempre me foi dito que era preciso chegar muito cedo ao Centro de Emprego para poder ser atendido em tempo útil. Como hoje foi o último dia útil de 2011, e para aproveitar ainda a lei do subsídio de desemprego deste ano, resolvi não arriscar e fui até ao Centro de Emprego de Leiria logo pela manhã.

Eram cerca de 8h20 e estavam –2º na rua quando cheguei. Já lá estavam 13 pessoas, em que a primeira da fila chegou às 7h15 (minha nossa!). E apesar do frio, o pessoal vai conversando uns com os outros, contando as suas aventuras, como se nos conhecêssemos há imenso tempo.

Já quase sem a ponta do nariz e com os dedos enregelados, mesmo com luvas, quando a porta se abriu às 9h00 foi vê-los a entrar para a sala um pouco mais quente, retirando a respetiva senha,  à espera da sua vez.

Demorei cerca de 20 minutos a ser chamada a minha senha, no balcão da inscrição, o que nem foi mau. A maior espera foi depois para a entrevista, que só aconteceu uma hora depois e durou cerca de 20 minutos.

E durante a entrevista, em que a senhora me explicava os procedimentos que eu tinha de fazer se quisesse fazer isto ou aquilo, eu só perguntava se os podia fazer pela net. Cheguei à conclusão que algumas coisas até dão para fazer. No entanto, a visita quinzenal ao local de apresentação, que mais parece que estamos com termo de identidade e residência, tem mesmo de ser feita presencialmente na zona da residência.

Por volta das 11 horas estava de saída com uma pasta com uns quantos formulários e as dúvidas esclarecidas. A última (e primeira) vez que isto me tinha acontecido foi em 2003, e as regras eram bastante diferentes. Muito provavelmente terei que me apresentar na Câmara da Batalha uma ou duas vezes, mas não espero que sejam precisas mais. Afinal, os telefonemas com propostas de entrevistas até têm acontecido com bastante regularidade.

29 dezembro 2011

RIP Zapp

Terminou oficialmente hoje a minha ligação de 7 anos e 9 meses com a Zapp. Entrei oficialmente em 1 de Abril de 2004, numa altura de vacas gordas, que foram emagrecendo ao longo dos anos, até que em Novembro passado foi anunciado o fim definitivo da empresa. Com este final, houve lugar a despedimento coletivo, mas nada de choradeiras, já que o coma se prolongava há muito tempo.

Com isto começa a primeira grande mudança anunciada para o ano de 2012, que eu já tinha referido. Mudança profissional. Irei ser empregado da Segurança Social durante algum tempo, o suficiente para encontrar um novo rumo profissional, mas sem grandes pressas, já que umas férias também me irão saber bem. Só tenho de cumprir os requisitos de apresentação quinzenal e de procura ativa de emprego.

E como às vezes só precisamos de um empurrão para que a nossa vida sofra uma mudança para melhor (as mudanças não têm que ser forçosamente coisas más), este será definitivamente aquele que eu preciso e na altura mais propícia. Venha o próximo ano!

Ai, coração!

Pela primeira vez em 34 anos de vida, fui fazer exames ao coração. Não que ache que precise especialmente deles, apesar do meu ritmo cardíaco normal ser por volta das 40 pulsações por minuto, mas simplesmente porque é boa ideia e mal não faz.

Assim, usando o seguro de saúde e num hospital privado próximo de casa, fui fazer um ecocardiograma com doppler e um ECG com prova de esforço.

Adorei o ecocardiograma! Aquela maquinaria computorizada é maravilhosa e consegue mesmo ver o que se passa lá dentro. Dava para ver o coração a mexer e as válvulas a abrir e fechar. Até cores apresentava com o fluxo do sangue a percorrer os ventrículos e as aurículas. E quando foi altura de ouvir o coração, o som era parecido com o Kitt (lembram-se do justiceiro?) a varrer as luzes frontais de um lado para o outro. Que maravilha. No final de contas, parece que tenho apenas a Aurícula Esquerda com um diâmetro superior ao normal, mas parece que isso também é normal em quem pratica desporto.

Já a prova de esforço foi como ir ao ginásio andar na passadeira. E cansa como ir ao ginásio. E faz suar como ir ao ginásio. E pelos vistos faz bater o coração como se estivesse no ginásio. A diferença é que estamos em tronco nu, com umas coisas pegajosas coladas no peito e nas costas, e com os tempos cronometrados. Como se fosse um personal trainer. E até tive direito a uma depilação parcial do peito pela médica jeitosa que me fez o teste.

No fim, retirar os eléctrodos é a única parte que custa, já que parece que estamos a retirar pensos com muita cola do corpo, com toda a pelugem a ser arrancada ao mesmo tempo.

Espero agora uns dias pelos resultados dos exames, mas à primeira vista e de acordo com a opinião do Dr. Duarte Cacela, parece estar tudo bem.

24 dezembro 2011

Natal

Gosto muito do Natal. É uma época em que sinto que ando mais lamechas. Gosto das luzes a piscar, do frio que se faz sentir e de passar os dias junto com a família, ao lado da lareira da sala. E claro, que gosto de acordar no dia seguinte e desembrulhar os presentes, sejam eles quais forem.

Mas essencialmente gosto do convívio que tenho e a proximidade com os meus irmãos e os meus pais. Parece que nesta época os problemas desaparecem e apenas nos lembramos o quanto somos importantes uns para os outros. O jantar em família, o preparar da refeição, e até as limpezas, são mais do que tarefas rotineiras, e transformam-se em convívio familiar. Um saudável convívio que se repete nesta altura do ano.

E porque é Natal, que seja mesmo um excelente Natal para todos, onde o verdadeiro espírito natalício tome conta das nossas almas, para assim o tornar mais alegre e feliz.

P.S.-Este vai ser o meu último Natal nestas condições. Esperam-me grandes mudanças durante o próximo ano, que a seu tempo falarei delas. Para já, não há razões para preocupar, porque todas as mudanças podem ser boas.

04 dezembro 2011

Tesourinhos

Na sequência das limpezas relatadas no post anterior, algumas raridades foram encontradas e mantidas. Podem não servir para grande coisa, mas um dia até as posso doar a um museu para exposição.

ZIP Drive

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Uma verdadeira relíquia dos tempos da faculdade. Na altura custou 30 contos (para os que não se lembram como se fazem as contas, são 150€) e foi uma necessidade para guardar os trabalhos da faculdade. Como os CDs eram apenas suportes de leitura, estas drives eram a opção existente. Os discos eram magnéticos, semelhantes a disquetes, mas com uma estonteante capacidade de 120 MB (sim, são mesmo Megabytes). A drive na figura liga-se por porta USB e ainda funciona, tal como os discos.

Discos ZIP

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O aspecto dos discos ZIP era semelhante a uma disquete. Vejam na imagem seguinte as semelhanças. O seu funcionamento também era semelhante, mas com muito maior capacidade. Na altura da faculdade, as pens usb e os discos externos eram raros e caríssimos, pelo que a ZIP era sempre a melhor opção para transportar os dados. Tinham ainda a vantagem de ser blindadas contra interferências magnéticas, ao contrário das disquetes, que corriam o risco de perder todos os dados quando se transportavam no metropolitano.

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Windows 3.0

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No meio das centenas de disquetes, aparecem também algumas raridades. Entre as quais os discos de instalação de um dos Windows mais famosos de sempre, o 3.0. Para a juventude que acha que o Windows sempre foi um sistema operativo, desenganem-se. Naquela altura, o Windows era apenas um programa de ambiente gráfico apelativo, com ferramentas muito interessantes, que corria sobre outro sistema operativo chamado MS-DOS (ou equivalente). E para o instalar eram necessárias 5 disquetes (cada disquete levava no máximo 1,44 MB).

No meio das disquetes outras raridades apareceram, como o Excel 4.0 e o Word 4.0, cada um deles em meia-dúzia de disquetes, que se instalavam sobre o Windows 3.0. Para não falar dos jogos de MS-DOS que eram altamente viciantes na altura, que cabiam numa disquete e ainda sobrava espaço.

Bug do ano 2000

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Quem não se lembra do advento apocalíptico para a informática que seria o ano 2000? As empresas gastaram fortunas a precaver-se contra um cataclisma que nunca aconteceu, devido à mudança da data de 99 para 00. Em 1999, a Microsoft lançou software gratuito para atualizar os seus pacotes de software principais (já estamos na época do  Windows 98/Me/NT/2000). Bastava ir ao site da Microsoft e preencher um formulário, que a própria enviava um CD todo bonito com o essencial para resolver o “problema” do ano 2000.

No meio de tanta tralha que se acumula ao longo do tempo, há sempre lugar a nostalgia com estes tesourinhos. Alguns estão agora guardados noutro local, para serem desenterrados daqui mais uns anos.