Para que os pensamentos não se percam no éter, e o fumo do pensamento não ande por aí espalhado.

11 julho 2011

Voar baixinho

A forma mais antiga de voar, sem contar com a lenda de Ícarus, é de balão de ar quente. Foi precisamente esta forma que experimentei recentemente, e devo dizer que é excepcional.

O balão voa mesmo, não está preso por uma corda ao chão como se costuma ver nalgumas feiras. Mas para usufruir da experiência é necessário levantar bem cedo, para aproveitar o nascer do sol. Não que a paisagem seja melhor nesta altura, mas porque as correntes de ar são mais favoráveis. Afinal, o balão vai sempre para onde o vento o levar.

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Foi em pleno Ribatejo, nas imediações de Coruche que a aventura teve lugar. O enchimento do balão e a preparação demora algum tempo, mas lá arrancámos num cesto de 24 pessoas, puxado por um balão de 21.000 metros cúbicos de ar. O voo demora cerca de 1h30, e do alto dos 2300 pés (cerca de 800 metros) consegue-se ver a paisagem ribatejana, os açudes, as plantações, as cidades e vilas, unidas por estradas praticamente sem curvas.

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Na aterragem, num terreno não lavrado a cerca de 40 Km do ponto de origem, e após o impacto, o choque de ficar cheio de cardos presos à roupa, cada um mais afiado que o outro. E antes de ser transportado para o ponto inicial, arrumar os 350 Kg de poliester e os 400 kg de cesto e respectivos apetrechos, algo que os tripulantes ajudam em espírito de convívio e clima de satisfação pela viagem realizada.

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