Para que os pensamentos não se percam no éter, e o fumo do pensamento não ande por aí espalhado.

30 novembro 2010

Futebolada

E no sábado dia 27 de Novembro, o grande jogo cheio de emoção do Relvinhas Park decorreu assim.

29 novembro 2010

Gru 3D

O título original é despicable me, e é um filme de animação. Podem dizer que isso é para crianças, mas acreditem que todos os filmes de animação que tenho visto ultimamente são mais para crescidos que para crianças. Além disso, quem diz que não podemos ser crianças?

Tal como não podia deixar de ser, este filme é também ele em 3D. E confesso que os efeitos 3D ainda me deixam muito a desejar, quer pela expectativa maior que criam e que não cumprem, quer pelo vazio extra na carteira. Desculpam-se que o pagamento é pelo filme e não pelos óculos pirosos que até podemos levar de casa.

Com este aparte, o filme é de animação, com muitas piadas, umas bastante mais subtis que outras, e que dificilmente as crianças perceberão. Vale claro pelas cores alegres e situações embaraçosas que fazem rir dos mais novos aos mais velhos. E o 3D vale pela cena da montanha russa, que realmente nos transmite a sensação de lá estarmos.

A versão portuguesa conta com as vozes de Nicolau Breyner no papel de Gru, e de David Fonseca no papel do verdadeiro vilão Vector. De resto, é um filme que se vê muito bem com um balde de pipocas.

28 novembro 2010

O tempo não apetece

Se há coisa que eu não gosto de ouvir como desculpa é o estado do tempo. Ah, e porque está calor. Ah, e porque chove. Ah, e porque está frio e está-se bem é ao lume. E outras que tais.

Até parece que para sair de casa é necessário que transportemos connosco um ar-condicionado portátil sempre regulado para os 23º (temperatura de conforto). Afinal as intempéries da Natureza fazem parte da vida e temos que aprender a viver com elas. Se com esta história do aquecimento global (ou arrefecimento, sei lá) as temperaturas fugirem durante muito tempo da nossa temperatura de conforto, ninguém sairá de casa? O IKEA é que deve ficar contente com isso.

22 novembro 2010

Nas escadas rolantes…

…do Vasco da Gama:

Ele, com ar de puto cromo:

- (…) um tetraedro. Sabes o que é um tetraedro?

Ela, com ar de pita burra:

- É o que tem dez lados?

Ok, afinal não é só o ar. Se calhar estava só a fazer-se de sonsa para que o puto cromo lhe faça os trabalhos de casa em troca de qualquer coisa. Quem sabe se afinal de burra não tem nada?

15 novembro 2010

Acordo ortográfico

Enquanto escrevia o post anterior, verifiquei que o corretor linguístico do programa que habitualmente uso para escrever no blog, atualizou-se para o novo acordo ortográfico.

Não sou contra a evolução da língua, longe disso. Mas confesso que me faz alguma confusão escrever, e até ler, as palavras com menos consoantes do que antes. Será, sem sombra de dúvida, uma questão de hábito que irei ganhar ao longo do tempo, e que até já posso contar com a preciosa ajuda do software que uso habitualmente.

Tudo começou com uma tampa…

Já não ia ao cinema há algum tempo, e este fim de semana tive oportunidade para ir. O filme escolhido foi “A rede social”, inspirado na vida do fundador da maior e mais lucrativa rede social de hoje em dia, o Facebook.

O filme tem uma história agradável, com alguma ação, e não acredito que toda a narrativa seja verídica, ou não fosse produzido em Hollywood. Os nomes e as personagens são reais, os processos judiciais são sobejamente conhecidos, e os termos técnicos utilizados parecem verídicos. Tão verídicos que os primeiros 10 minutos de filme podem ser complicados de seguir para quem não é um especialista na informática.

Fica a sensação que Mark Zuckerberg é o verdadeiro cromo anti-social,  e cuja necessidade de ser inserido num meio importante, aguçou o seu engenho e génio, para criar o Facebook, o que o transformou no bilionário mais novo de sempre. De certeza que os problemas sociais já passaram.

E como diz o ditado, atrás de um grande homem há uma grande mulher, vejam o filme e concluam que não fosse a tampa que ele levou da namorada, hoje a Internet não seria a mesma coisa. E para se ser bilionário, só é preciso uma boa ideia.

04 novembro 2010

Terrinha

Quando há muitos anos atrás vim para Lisboa, sempre fui a modos que gozado com duas particularidades: o sotaque, e a “terrinha”.

Diziam os meus colegas de faculdade, na sua grande maioria de Lisboa ou arredores, que eu falava a cantar. O meu sotaque da zona centro-oeste tem de facto algumas diferenças de vocabulário em relação ao sotaque alfacinha, mas nunca me apercebi de que falava a cantar. O arrastar das palavras, principalmente nas terminações, era o que levava a tal afirmação, mas que até torna as frases melódicas. Depois de tantos anos em Lisboa, devo ter perdido algum do sotaque, mas não do vocabulário.

A “terrinha” sempre foi um conceito que a malta de Lisboa teve dificuldade em aceitar. Não percebiam qual era a emoção e a ansiedade que nós, os forasteiros, tínhamos em ir para as nossas terras ao fim de semana. Pois eu também não consigo explicar o inexplicável. É onde estão as nossas raízes, e no meu caso, grande parte da minha vida pessoal. E mesmo apesar de não ir tantas vezes como no meu tempo de estudante, continua a ser a minha terra.

Nós, os forasteiros, sempre temos uma terrinha para onde ir aos fins de semana. Os outros, se querem ir para algum lado, têm de pagar para isso.

01 novembro 2010

Ó tia, dá bolinho?

É com esta frase que todos os anos do dia 1 de Novembro, começa o dia. Quando as crianças e os mais jovens vão bater à porta de casa bem cedo, a pedir o bolinho tradicional, o chamado Pão por Deus, que as pessoas da terra fazem artesanalmente, cada uma com a sua receita própria.

Lembro-me dos meus tempos de criança em que também eu, acompanhado pela minha irmã, pela minha vizinha e por quem mais se juntasse na demanda, de ir bater de porta em porta, percorrendo as ruas e ruelas do vila e arredores, enchendo o saco com os bolinhos, cada um com a sua forma e sabor.

Mas o que eu gostava mais era dos outros petiscos. Chocolates, gomas, rebuçados, e até dinheiro recebíamos neste dia. E da expectativa que tínhamos antes de batermos a cada porta, sem saber o que receberíamos dali. A mensagem passava de grupo em grupo: “Aquela casa dá dinheiro. Aquela dá rebuçados. Aquela não tem ninguém”. E nós lá íamos fazendo a nossa parte, continuando a saga.

No final do dia, chegávamos cansados a casa, mas felizes, com o saco cheio de bolos e de doces, para nos alimentarem a gula nos dias seguintes.