Para que os pensamentos não se percam no éter, e o fumo do pensamento não ande por aí espalhado.

25 abril 2011

Dia de mercado

“É prá canalha, é prá criançada”!, apregoa assim a cigana que tem a roupa a preço de saldo na sua barraquinha. Com este pregão e com o preço baixo, consegue ter a barraca cheia de potenciais clientes.

O mercado da Batalha realiza-se às segundas-feiras. Na zona coberta do pavilhão multiusos, os agricultores expõem e vendem o seu produto direto ao consumidor. Na zona exterior, ficam as barracas de roupa, acessórios, tapetes, flores e outros itens que não precisam de estar resguardados.

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Aproveitando o feriado à segunda-feira, fiz uma visita ao mercado municipal, reavivando as memórias da confusão e da mistura de sentidos que se vive naquele espaço. Os vários aromas da fruta fresca, contrastam com os restos de folhas de verdura e de frutas que se pegam ao chão e aos sapatos. A enganadora ordem que se nota nas barracas, contrasta com os pregões dos vendedores de roupa, fazendo real concorrência uns aos outros: “Olha a calça a 10€! É para homem e senhora!” “Quanto custa”, pergunta um visitante. “Por ser para si, 10€"”, responde o vendedor, como se conhecesse o homem há muitos anos.

Apesar de não ser um apreciador de compras de mercado, gosto de os visitar sempre que vou a algum lado. Revelam sempre o mais tradicional que há em cada local. E sempre que tenho oportunidade, visito o da minha terra, para as lembranças e os reencontros.

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