Para que os pensamentos não se percam no éter, e o fumo do pensamento não ande por aí espalhado.

11 setembro 2011

10 anos depois

Estava eu em Tel-Aviv, Israel, eterno aliado dos EUA, numa formação da empresa onde trabalhava, quando de repente entra alguém na sala, num misto de exalto e de admiração: “O World Trade Center está a ser atacado!”

Ninguém mais trabalhou naquele dia. E enquanto eu voltava para o hotel, via os helicópteros militares a passarem de norte para sul, na direção de gaza, as ruas praticamente vazias, e um ambiente que não é normal para aquela cidade. Tipicamente as pessoas estão descontraídas e na sua vida normal, o que não era o caso.

O aeroporto foi fechado, e o meu colega ficou aflito porque tinha de regressar no dia seguinte a Lisboa. Acabou por ter sorte que no dia seguinte o tráfego foi reaberto, com alguns condicionantes.

Quando me ligaram de Portugal a perguntar se eu sabia o que estava a acontecer, já eu estava na piscina do hotel, relaxado, e claro que estava a acompanhar as notícias. Naquela altura ainda estava tudo muito incerto sobre o que aconteceu e as consequências.

Quando regressei a Lisboa, após a paranoia da segurança de voo aumentada, mandei uma gargalhada interior com a confusão que se gerava na revista das malas e afins. Algo que quem viajava regularmente para Israel, como eu naquela altura, achava uma brincadeira de crianças comparando com a revista e inquérito que faziam em Tel-Aviv.

10 anos depois, as memórias regressam do dia que mudou o mundo. Não sei se o mundo ficou melhor ou pior, mas diferente ficou com certeza.

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