Para que os pensamentos não se percam no éter, e o fumo do pensamento não ande por aí espalhado.

22 julho 2010

Islândia – Acima do paralelo 66

Este artigo também pode ser lido na sua forma completa em http://ondequeresfotografar.blogspot.com/.

A caminho da segunda maior cidade do país, Akureyri, localizada no Norte, um desvio de alguns quilómetros para conseguir fotografar um dos objectivos: os bonitos, rápidos e fugidios papagaios-do-mar. Finalmente conseguimos avistá-los em grande quantidade, revelando-se extremamente esguios das objectivas, para desespero do puffin Vitor e dos restantes. Gaivotas à mistura, e até que saem fotos de belo efeito, partilhadas ao jantar entre todos, com umas lições de fotografia já com alguns puffins adrenalínicos a adormecer de cansaço.

IMG_2983 Um papagaio do mar no seu voo rápido

O passeio de barco para vislumbrar baleias, no dia seguinte, obriga a sair de casa cedo e com bastante pressa. Já em modo de corredores de 100m chegamos ao barco, prestes a partir, em direcção ao local onde se avistam baleias e golfinhos. Após o enjoo de mar do puffin Gonçalo (alguém tem de manter o espírito), eis que golfinhos de nariz branco brincam na água, para regalo dos turistas. Alguns minutos mais tarde, avistam-se baleias anãs, cujo dorso é bastante parecido com um golfinho, mas mais fáceis de capturar na objectiva. No seguimento do dia, a gigantesca cascata Dettifoss, cuja violência das águas afunila num longo desfiladeiro de rocha vulcânica, e o barulho ensurdecedor obriga a levantar a voz para sermos ouvidos.

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A paisagem da cascata Dettifoss

No regresso à cidade, o grupo divide-se entre o descanso nas cabanas, ou a diversão nas piscinas municipais, munidas de escorregas, onde os 6 puffins presentes animam todos os autóctones, ora afugentando-os, ora divertindo-os.

Nas paisagens vulcânicas do gigante Krafla e seus vizinhos é que realmente nos apercebemos da fúria de um vulcão, dada a imensidão do seu cone, e da paisagem de destruição causada pelos rios de lava que jorraram do seu interior. Ainda temos tempo para uma assinatura no guestbook do alto do cone vulcânico do Hverfjall, e uma visita de miradouro à central geotérmica, onde as suas fumarolas fazem um ruído verdadeiramente ensurdecedor. As poças de água sulfurosa que envolvem a paisagem vulcânica trazem-nos à memória o cheiro a enxofre que deixámos para trás alguns dias antes. IMG_3180

O vulcão adormecido Hverfjall

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A central geotérmica

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Os rios de lava da paisagem envolvente ao Krafla

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