Para que os pensamentos não se percam no éter, e o fumo do pensamento não ande por aí espalhado.

30 setembro 2013

Um bloco a perder folhas

Se é verdade que nunca fui simpatizante do Bloco de Esquerda devido essencialmente às suas políticas trotskianas que geralmente abordam assuntos que não interessam a praticamente ninguém, também é verdade que tenho saudades dos tempos em que Francisco Louçã mandava naquilo.

Com a saída de Louçã e a direcção bicéfala de Semedo e Martins, o Bloco actualmente parece um clone do Partido Comunista, sempre a bater na mesma tecla de desgraça e do contra, mas essencialmente, perdeu a sua piada. As políticas com Louçã poderiam ser na mesma inúteis, mas pelo menos tinha alguma piada ouvi-lo falar, e sempre agitava de vez em quando a Assembleia da República, fosse qual fosse o Governo que lá estivesse.

Desde a sua saída, talvez consequência do mau resultado das últimas legislativas em 2011, ou mesmo por opção, o que é certo é que o Bloco ficou cinzento, sem graça, com nenhuma imaginação e um discurso de Compact Disc riscado (O PCP continua na versão cassete).

Talvez resultado disso, nestas eleições autárquicas continuou a perder influência e a piorar resultados. Parece que o povo está mesmo farto de os ouvir.

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