Para que os pensamentos não se percam no éter, e o fumo do pensamento não ande por aí espalhado.

27 fevereiro 2011

127 horas

Este foi o tempo que Aron Ralston esteve preso, com um braço esmagado pelas rochas, numa zona inóspita num desfiladeiro no Utah. Amante da natureza e grande aventureiro, viu-se de repente incapacitado de sair do sítio que ele tão bem conhecia, e onde apenas os pássaros e as formigas passavam.

James Franco dá o corpo a esta personagem da vida real, numa interpretação fabulosa, que provavelmente não lhe dá o Óscar porque tem o azar de concorrer com Colin Firth no Discurso do Rei. O filme de Danny Boyle tem uma realização excelente, ao nível do que nos foi habituando em filmes como Trainspotting ou Quem quer Ser Bilionário?, transportando o espectador para dentro da acção do filme, que no caso se passa quase sempre no mesmo local.

As 127 horas (e mais algumas) que o filme retrata passam muito rápido nas quase duas horas de filme. Tem cenas que podem causar algum mal estar a pessoas fracas de estômago, mas retrata de uma forma dura e justa as mais angustiantes horas da vida de Aron Ralston. O mesmo aparece por breves instantes no filme, sorrindo ao espectador.

1 comentário:

  1. Por acaso os meus colegas falaram deste filme e um deles, britânico, conheceu Aron numa conferência que ele deu sobre a sua história. O meu colega arrepiava-se de cada vez que se lembrava das fotos que o Aron mostrou, porque ele tirou fotos da evolução do seu braço enquanto este definhava até se tornar tão fino como uma folha de papel... ainda não vi o filme, mas já está na minha lista. Baci fratello.

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