Para que os pensamentos não se percam no éter, e o fumo do pensamento não ande por aí espalhado.

21 janeiro 2011

Velejar

Pela primeira vez na minha vida, andei de barco à vela. Sempre considerei um passatempo elitista (afinal não é qualquer pessoa que tem um barco), mas apareceu a oportunidade de experimentar, e qual Bartolomeu Dias na sua caravela cheia de velas triangulares, aproveitei.

Cheguei à conclusão que a coisa não é tão simples como parece. Há muita ciência envolvida, e dá muito trabalho. É necessário saber o que se está a fazer, perceber de onde vem e com que força vem o vento, e esticar as velas de modo a poder aproveitá-lo da melhor forma. O barco, esse, quando está à bolina, quase que parece que vai tombar. É preciso saber cortar as ondas, nunca de popa, e contar com os balanços a que o barco está sujeito (bendito comprimido para o enjoo).

No meio dos termos técnicos, como genoa, virar de bordo, cambar, molinete, ir à bolina, e de toda a ciência e esforço físico necessário para se controlar um barco destes, puxar cabos, (des)enrolar cabos, dar ao molinete, ir ao leme, trocar de lado para não irmos inclinados e levar com os solavancos, o domínio da técnica, o levar com o vento no cabelo, e o vencer as ondas do mar, dá-nos uma sensação de conquista e de liberdade.

Continuo a preferir desportos em terra, mas foi sem dúvida uma bela experiência, que quem sabe, voltarei a repetir.

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O horizonte ao fundo

IMG_0271A enrolar o cabo no molinete

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Ao leme, já na chegada

2 comentários:

  1. Imagino que o vento será bem mais agradável quando experimentares barco à vela no verão :) eu, por aqui,, já arranjei um kayak para ir para o lago... a preparar-me para o tempo mais quentinho! Baci

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  2. Assim dás mais valor aos navegadores portugueses que descobriram terras e mares! Bjs IC

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