É com esta frase que todos os anos do dia 1 de Novembro, começa o dia. Quando as crianças e os mais jovens vão bater à porta de casa bem cedo, a pedir o bolinho tradicional, o chamado Pão por Deus, que as pessoas da terra fazem artesanalmente, cada uma com a sua receita própria.
Lembro-me dos meus tempos de criança em que também eu, acompanhado pela minha irmã, pela minha vizinha e por quem mais se juntasse na demanda, de ir bater de porta em porta, percorrendo as ruas e ruelas do vila e arredores, enchendo o saco com os bolinhos, cada um com a sua forma e sabor.
Mas o que eu gostava mais era dos outros petiscos. Chocolates, gomas, rebuçados, e até dinheiro recebíamos neste dia. E da expectativa que tínhamos antes de batermos a cada porta, sem saber o que receberíamos dali. A mensagem passava de grupo em grupo: “Aquela casa dá dinheiro. Aquela dá rebuçados. Aquela não tem ninguém”. E nós lá íamos fazendo a nossa parte, continuando a saga.
No final do dia, chegávamos cansados a casa, mas felizes, com o saco cheio de bolos e de doces, para nos alimentarem a gula nos dias seguintes.
Ui! Tão bem que me lembro desses tempos... A minha mãe, todos os anos me fazia um saco do pão novo, para eu ir ao Pão-por-Deus.
ResponderEliminarTodos juntos, lá íamos nós, pela fresquinha, bater de porta em porta: - "Pão por Deus! Pão por Deus..."
Saudades de ser criança.
tiveste sorte... na minha "terrinha" :-) nunca houve esta tradição!!!!
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