Para que os pensamentos não se percam no éter, e o fumo do pensamento não ande por aí espalhado.

03 outubro 2012

Tecnologias presenciais

Num mundo cada vez mais dominado pela tecnologia, que nos dá o acesso à informação que noutros tempos era difícil, para não dizer proibido (Ok, há países onde isso ainda acontece), e onde essas tecnologias podem ser usadas para aproximar pessoas distantes, porque não pôr essas tecnologias ao serviço das empresas?

É verdade que a Internet aproxima as pessoas através das chamadas de voz e vídeo, que outrora não seriam possíveis. Também é verdade que cada vez é mais fácil estar isolado por detrás de um computador com o mundo na janela que é o écran, mas o facto de haver tecnologia não significa que a mesma seja má. O bom e o mau está no modo como se usa.

E estando eu ligado às tecnologias, gosto de as usar. Faz parte do meu trabalho e da minha vida, e posso estar em contacto com pessoas que de outro modo não me seria possível. Claro que prefiro o contacto pessoal, mas ainda não inventaram o teletransporte e não sou omnipresente. E quem não prefere tratar de uma burocracia qualquer do Estado com meia dúzia de cliques no computador, ao invés de perder um dia inteiro na fila do serviço público?

Por isso faz-me alguma confusão que algumas empresas ligadas às tecnologias sejam tão avessas a realizar entrevistas remotas, através de chamadas de voz e/ou vídeo. Compreendo que numa empresa onde o ambiente não passa necessariamente pela tecnologia, tal não seja usual. Mas numa empresa tecnológica, pouparia muito tempo aos intervenientes e até custos realizar a primeira filtragem remotamente.

As perguntas da praxe de qualquer entrevista podem perfeitamente ser feitas por video-chamada. Terminam sempre com a célebre “Então e quais são as suas expectativas salarias?”. Ver aqui.  Aposto que a maior parte das vezes se evitariam deslocações desnecessárias que nos fazem perder várias horas. E se posteriormente as expectativas estiverem ao alcance, então que se façam as entrevistas presenciais necessárias.

Sem comentários:

Enviar um comentário