Para que os pensamentos não se percam no éter, e o fumo do pensamento não ande por aí espalhado.

16 setembro 2012

Que as pessoas se revoltem!

Ouvem-se gritos de revolta por todo o lado. Contra o Governo, contra a Troika, contra a austeridade. Só ainda não ouvi ninguém revoltar-se contra si mesmo! Sim, porque o primeiro grito de revolta tem de vir de nós próprios.

Os portugueses só querem que não aconteça nada. É muitas vezes este medo da mudança que os mais faz revoltar contra o mundo que os rodeia. O sair da zona de conforto de vez em quando não faz mal a ninguém, e só abre novos horizontes, para além de criar esperança, que fica diminuída quando se espera que “nada aconteça”.

Com os tempos a mudarem em todas as frentes, desde geográficas até às económicas, porque é que tem que “ficar tudo na mesma”? No caso português, porque é que tem de continuar a ser o Estado a suportar velhos vícios e velhos hábitos, que nos últimos anos só destruíram o futuro, dando esperança para o presente? E porque o há-de continuar a fazer, quando as pessoas preferem ser inertes no seu canto de confiança, do que correr para novos horizontes?

Por isso, o apelo à revolta de cada um! Não contra a política, ou contra o FMI, ou contra o Governo, ou contra os outros. Mas contra cada um! Porque primeiro temos que sair deste modo de comodismo onde não acontece nada, para depois podermos dizer que afinal a mudança é boa. E se o não for, pelo menos ficarmos de consciência tranquila porque pelo menos tentámos.

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