Para que os pensamentos não se percam no éter, e o fumo do pensamento não ande por aí espalhado.

27 outubro 2013

O Arroto

Há certos pormenores culturais que nos impedem de exprimir os nossos desejos. Ao contrário de certas culturas mais orientais, em que arrotar após uma refeição é quase obrigatório, em sinal de satisfação, na nossa cultura mais ocidental é visto como uma grande javardice e falta de respeito. Excepto quando somos bebés.

Quando somos bebés, não interessa qual a cultura onde somos criados. É praticamente obrigatório arrotar. Para que os pais não entrem em maluqueira compulsiva com os sucessivos bolsares. Arrotar é sinal que após a refeição, o bebé vai ficar mais descansado, com menos dores intestinais e chorar menos.

E há que dizê-lo, enquanto somos bebés, quase tudo é permitido, porque somos uns queridos e uns fofos. Mesmo algo que conforme vamos crescendo passa a ser socialmente condenável. Ou seja, a vida fica cada vez mais injusta.

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