Para que os pensamentos não se percam no éter, e o fumo do pensamento não ande por aí espalhado.

26 julho 2013

Um Papa irresponsável?

Não posso negar que gosto de ouvir o Papa Francisco. Gosto das suas palavras sábias (e pensadas). Gosto do seu visual mais terreno e menos divino. Gosto da sua atitude e da sua vontade de estar sempre junto dos fiéis. Mas há algo que me causa algum desconforto.

Apesar de querer ser sempre terreno, próximo, bem à maneira dos Jesuítas, o Papa Francisco não pode deixar de se lembrar que é o Papa. E sendo Papa, por mais que queira continuar a sua vida de forma normal, não será possível. Porque onde quer que vá, multidões o seguirão, não apenas para o ouvir, mas para estar bem próximo dele. E quando alguém muito famoso e importante vai a algum lugar muito povoada, como a rua principal de Copacabana, tem de estar preparado para isso.

Aparecer de surpresa num carro normal no meio do trânsito citadino e parado num cruzamento, faz com que multidões se aglomerem o mais próximo possível para obter um sorriso, uma foto, um toque ou uma palavra. E aglomerados de gente levam à desgraça de alguns, entre esmagamentos e pisadelas, que por pura sorte não aconteceu naquele cenário.

Quero que Francisco continue a ser terreno como é. Mas essencialmente quero que seja Papa.

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