Ouve-se muito nos noticiários e nos media a questão da soberania nacional. O cúmulo foi o “herói para muitos” Otelo Saraiva de Carvalho a defender Salazar (os deuses, ou pelo menos o OSC, devem mesmo estar loucos), que este defendia mais a soberania nacional que o actual Presidente da República.
Eu pergunto, mas qual soberania? Como é que podemos ser soberanos se ao longo de toda a nossa história só sabemos viver à custa da riqueza dos outros? Vejam-se os exemplos ao longo da história de Portugal. Não fossem os descobrimentos, e já sem território para conquistar, teríamos sido obrigados a trabalhar internamente. Assim, enquanto houve ouro do Brasil, diamantes e marfim dos países Africanos ou pimenta da Índia, fomos realmente uma grande potência mundial.
Quando tudo acabou e se perdeu o Império após a Revolução dos cravos, não havia mais fontes de receita. Solução, pedir emprestado a quem tinha dinheiro, continuando sem investir internamente. Não é por acaso que é a terceira vez desde o 1974 que o FMI nos empresta dinheiro. Simplesmente, não somos capazes de viver sem ele, mas continuamos a não o saber usar da melhor maneira.
Soberania? Sempre ouvi dizer que quem paga é quem manda, e por isso não há que haver dúvidas em relação à soberania. Se queremos mesada, temos de nos submeter. Ou então trabalhar para a ganharmos por nós próprios, mas isso parece que dá muito trabalho!
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