A reportagem de capa da revista Visão desta semana chamou-me a atenção. O tema era precisamente o cada vez mais crescente número de pessoas, que devido à crise, ou a querer mudar de hábitos, ou simplesmente porque sim, aderiram à “moda da marmita”.
A moda da marmita passa por levar o almoço e alguns extras a partir de casa, em marmitas. O almoço é passado geralmente na copa da empresa (a maior parte das empresas tem uma copa, e é obrigatório para empresas acima de um certo número de empregados), na companhia de outros marmiteiros, que convivem e almoçam juntos. A moda permite essencialmente poupar dinheiro, que não se gasta no almoço em restaurante ou centro comercial, e em princípio, comer mais saudável, já que é tudo preparado em casa.
Mas o que mais me chamou a atenção não é o facto de haver um crescente número de adeptos da marmita. É sim o facto de pessoas com espírito empreendedor e ideias de génio, que souberam aproveitar o mercado e a moda atual para criar negócio. Negócios que passam por vender marmitas com design e funcionalidades interessantes, e até os porta-lancheiras, com design e padrões que parecem autênticas bolsas de senhora, a condizer com os vários sapatos das mesmas.
E é precisamente nestes tempos em que toda a gente chora por causa da “crise” que se vê quem realmente aproveita as oportunidades. E são empreendedores como os descritos no artigo da Visão que são precisos para nos elevar o ego e o PIB.
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